tag:blogger.com,1999:blog-81636022267823690762024-02-08T02:40:08.316-03:00Artes DanoisUnknownnoreply@blogger.comBlogger21125tag:blogger.com,1999:blog-8163602226782369076.post-39932712958798306802020-11-09T13:40:00.001-03:002020-11-09T13:40:16.045-03:00<p> Migração: estou migrando como os pássaros, voando para outras paragens/paisagens. Exponho agora minha arte, seja literária, filosófica ou visual no seguinte site: </p><p>www.crisdanois.com</p><p>Espero contar com sua visita e presença sempre que quiser ou tiver um tempo! Obrigada.</p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgmDVM9AphLSZeM8aIy4f9PpOt81j8GqnomodBzwCHsbBiKIMFJQtp1J4ALeOwoxqZTvCq7yYm5vzAy0RC0KMVL-egTyq-7X8qszVoREoUkh_bVSRxkUyPP88gJfrABVwdnUGuA9B4MYi_2/s960/13142659177237.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="640" data-original-width="960" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgmDVM9AphLSZeM8aIy4f9PpOt81j8GqnomodBzwCHsbBiKIMFJQtp1J4ALeOwoxqZTvCq7yYm5vzAy0RC0KMVL-egTyq-7X8qszVoREoUkh_bVSRxkUyPP88gJfrABVwdnUGuA9B4MYi_2/s320/13142659177237.jpg" width="320" /></a></div><br /><p><br /></p>Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8163602226782369076.post-23955769152570916592013-03-20T16:52:00.000-03:002013-03-20T16:52:35.424-03:00Gato por Lebre?<span class="userContent">Será que estamos usando o facebook
adequadamente? Não estará apenas servindo de válvula de escape,
passatempo, culto pessoal, vaidades, orgulhos.... pensamos que
interferimos no mundo, nos eventos, nos problemas e apenas desabafamos
nossas idiossincrasias... mais um brinquedinho que nos é dado pelo
sistema para nos entreter enquanto o importante corre a margem sem dó
nem piedade? Relacionamentos q<span class="text_exposed_show">ue não
existem nem nunca existiriam, colocações políticas ou não que jamais
faríamos mas que nenhum resultado surte disso, muito besteirol, muita
bobagem... que prazer besta, meu Deus! E os livros, a cultura, o
conhecimento, o estudo do ser humano e suas capacidades... tudo isso
relegado a outros planos, os planos etéreos e inexistentes neste século
XXI... estamos caindo, decadentes, perdendo... quem ou o que nos
reconstruirá? Estamos presos em gaiolas, jaulas, nos exibindo no face e
os políticos e poderosos, bilionários ou mais que isso, os que realmente
podem e mandam no mundo, nos olham como olhamos animais em zoológicos e
fazem estudos do comportamento das massas e controlam nossos ímpetos, e
manipulam nossas emoções e racionalizações, não só através das mídias,
mas sobretudo agora através do face... todos estamos sujeitos a estes
absurdos humanos por falta de consciência! Precisamos cultivar a
consciência, o estar presente mais do que nunca... e muitos se
perguntarão: mas o que ela está fazendo, não é a mesma coisa? Sim, estou
desabafando porque sempre fui escritora, continuo escrevendo não
importa onde, mas para desabafo de minha alma inquieta... entretanto,
hoje escrevo menos que ontem, e leio mais que outrora, e em geral,
silencio mais em busca de verdadeiras respostas... fica o desabafo!</span></span>Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8163602226782369076.post-12016090722083910402013-01-21T18:07:00.000-02:002016-02-07T21:02:28.425-02:00Retornando do fundo do poço...<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="western" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;">
<img height="288" id="irc_mi" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjb5FRBEK8I7Vz6cfoAUcWfiqpuDfnvxXhkgFJhyRgDkvhcoJNb6-EfM7b743Li-GkIUiJBgTH8ZH8wkvK36PXJ83svnmsUuC1l43MvXpzLIYSONFKPAeCBRdqifcA1elM1xRtNE3JVE2SK/s1600/tristeza.jpg" style="margin-top: 0px;" width="293" /></div>
<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="western" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;">
</div>
<div class="western" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;">
</div>
<div class="western" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;">
</div>
<div class="western" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;">
</div>
<div class="western" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;">
</div>
<div class="western" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;">
Depois de mais um longo hiato finalmente senti
aquela vontade de voltar a escrever, não que eu a tenha perdido, mas
a vida caminhando de tantas e inesperadas formas, me levando a outros
caminhos (ou pelo menos outras escolhas) me fizeram tantas vezes
parar e começar novamente. Me baseio pelo título, como se de
repente a ficha caísse, como se eu tivesse tido aquele <i>insight. É</i><i>
</i><i>preciso</i><i> </i><i>aprender</i> a valorizar as coisas
simples da vida... a lembrar com carinho do que já se viveu. Deixei
de querer refazer o que ja esta feito e deixei de me preocupar com o
que ainda vai ser feito (pelo menos tento...)<br />
Já disse em
algum lugar como é complicado pra qualquer um de nós imaginar, ou
na verdade deixar de imaginar, como vai ser nosso futuro. Temos por
habito planejar, sonhar, querer. Quando digo que deixei de me
preocupar com o amanhã, não falo em abdicar de meus sonhos e
desejos, apenas digo que viver o hoje o <i>agora</i> tem sido mais
proveitoso. Não posso mesmo mudar o que está feito, mas posso
valorizar cada experiência que já passei, tê-las comigo no agora e
quando o amanhã chegar avaliar com toda carinho e cuidado que a
situação exigir e por fim (com base nas experiências anteriores)
tomar a decisão certa.<br />
<br />
É complicado, por várias vezes achei
que não daria certo, outras tantas me fizeram pensar que alguma
coisa estava errada. Mas a grande verdade é que nosso momento muda a
cada segundo, antes mesmo de eu concluir essa linha meu momento já
mudou. Eu já deixei de ser a pessoa que era a segundas atrás e
agora sou uma outra pessoa. Não porque seja diferente, mas porque
estou vivendo algo diferente, mesmo que esse "algo diferente"
seja apenas um andar do ponteiro do relógio, mesmo que seja apenas
um segundo a mais na minha vida.</div>
<div class="western" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;">
</div>
<div class="western" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;">
</div>
<div class="western" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;">
<br />
Tenho buscado nesses últimos
dias aparar pontas soltas na minha vida, não que vá me acontecer
alguma coisa ruim e eu queira resolver assuntos pendentes. Mas
assuntos pendentes são pra serem resolvidos, caso contrário não
seriam pendências. Quero ter no meu coração a sensação de
liberdade, o transbordar de felicidade que tive no momento em que meu
insight se manifestou. Quando percebi que não mais estava preso às
amarras em que sempre imaginei que existiam. Todos nós temos nossas
ligações, sejam antigas, recentes e as vindouras, somos por
natureza sentimentais. Estamos às vezes ligados carinhosamente e
tantas outras essa ligação é paradoxal, como se quiséssemos
distância daquela pessoa, sem perceber que continuamos ligados a
ela.<br />
<br />
Admitir que muitas desses problemas em nossas ligações
acontecem por culpa única e exclusiva nossa é o passo mais difícil, engolir o orgulho é por vezes doloroso, mas abrir o coração é
algo que não tem como medir, é uma sensação maravilhosa, indescritível. Nem sempre é possível refazer essas ligações, mas
podemos assim mesmo guardar conosco o aprendizado que nos fez
desfazer essa ligação e ter também todo calor e carinho que ela um
dia nos deu. O amor pode sempre ser moldado, transformado, recriado.
Algumas vezes não podemos recriá-lo como era anteriormente, mas
podemos igualmente amar e desejar que esse amor também alcance
outras pessoas. <br />
<br />
É muito difícil, muito mesmo. Mas
desarmar-se é reconhecer que não somos poços de perfeição, que
erramos mas principalmente que corrigir esse erro é apenas um passo
que podemos dar, com toda simplicidade. Como a propaganda do plano de
saúde, diga mais vezes que você ama. Depois de uma briga, sorria e
abrace. Antes de dormir dê um beijo, ofereça um colo, um afago. Mas
faça tudo isso, ou faça o que quer que lhe venha a cabeça com o
coração, faça com amor. Faça porque é o melhor que você tem a
oferecer a quem quer que seja.<br />
<br />
<i>Preciso</i><i> </i><i>dizer</i><i>
</i><i>que</i><i> </i><i>te</i><i> </i><i>amo<br />Antes</i><i> </i><i>que</i><i>
</i><i>minha</i><i> </i><i>voz</i><i> </i><i>fique</i><i> </i><i>muda<br />Antes</i><i>
</i><i>que</i><i> </i><i>a</i><i> </i><i>lua</i><i> </i><i>se</i><i>
</i><i>vá<br />E</i><i> </i><i>as</i><i> </i><i>estrelas</i><i> </i><i>não</i><i>
</i><i>mais</i><i> </i><i>brilhem</i><i> </i><i>no</i><i>
</i><i>alto<br /><br />Preciso</i><i> </i><i>dizer</i><i> </i><i>que</i><i>
</i><i>te</i><i> </i><i>amo<br />Antes</i><i> </i><i>que</i><i> </i><i>nossa</i><i>
</i><i>música</i><i> </i><i>acabe<br />E</i><i> </i><i>teus</i><i>
</i><i>braços</i><i> </i><i>desenlacem</i><i> </i><i>minha</i><i>
</i><i>cintura<br />Preciso</i><i> </i><i>dizer-te</i><i> </i><i>agora,</i><i>
</i><i>que</i><i> </i><i>teu</i><i> </i><i>coração</i><i> </i><i>bate</i><i>
</i><i>no</i><i> </i><i>ritmo</i><i> </i><i>do</i><i> </i><i>meu<br /><br />Agora</i><i>
</i><i>que</i><i> </i><i>sinto</i><i> </i><i>teu</i><i> </i><i>cheiro,</i><i>
</i><i>tua</i><i> </i><i>boca</i><i> </i><i>na</i><i> </i><i>minha</i><i>
</i><i>pele<br />Agora</i><i> </i><i>e</i><i> </i><i>antes</i><i> </i><i>que</i><i>
</i><i>a</i><i> </i><i>nossa</i><i> </i><i>música</i><i>
</i><i>acabe<br /><br />Preciso</i><i> </i><i>dizer</i><i> </i><i>que</i><i>
</i><i>te</i><i> </i><i>amo<br />Antes</i><i> </i><i>que</i><i> </i><i>o</i><i>
</i><i>dia</i><i> </i><i>amanheça<br />Que</i><i> </i><i>a</i><i>
</i><i>tarde</i><i> </i><i>me</i><i> </i><i>envelheça<br /><br />Preciso</i><i>
</i><i>dizer</i><i> </i><i>que</i><i> </i><i>te</i><i> </i><i>amo</i><i>
</i><i>antes</i><i> </i><i>que</i><i> </i><i>meu</i><i> </i><i>amor</i><i>
</i><i>cresça<br />E</i><i> </i><i>para</i><i> </i><i>fora</i><i> </i><i>de</i><i>
</i><i>mim...</i><i> </i><i>salte!<br />E</i><i> </i><i>de</i><i> </i><i>mim</i><i>
</i><i>se</i><i> </i><i>esconda</i><i> </i><i>no</i><i>
</i><i>universo<br /><br />Preciso</i><i> </i><i>dizer</i><i> </i><i>que</i><i>
</i><i>te</i><i> </i><i>amo<br />Agora</i><i> </i><i>e</i><i> </i><i>antes</i><i>
</i><i>de</i><i> </i><i>dizer-te</i><i> </i><i>outra</i><i>
</i><i>vez.</i><br />
<br />
Muitas pessoas estiveram (e estão) ao meu
lado durante a caminhada, já escrevi alhures algo falando sobre o
exercício de agradecer, mas queria aqui dedicar com todo carinho,
tudo que escrevi, tudo que tenho vivido ultimamente a duas pessoas
que movem meu mundo. Meu filho lindo Rodrigo e a meu companheiro das
horas boas e difíceis. Agradecer à família do meu companheiro pelo
imenso apoio que têm me dado nos meus momentos mais depressivos e
tristes, mas, como dizem, é pra frente e para cima que se caminha.
“Caminhante , não existe nenhum caminho... o caminho se faz ao
caminhar!”<br />
<br />
obrigado a todos que estiveram aqui e me
prestigiaram com sua leitura ou comentário e por ventura ainda
voltarão aqui.<br />
<br />
<i>Definir</i><i> </i><i>é</i><i> </i><i>limitar-se.</i></div>
<br />
<br />
<style type="text/css">
<!--
@page { margin: 2cm }
P { margin-bottom: 0.21cm }
</style>
<br />
-->
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<br /></div>
Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8163602226782369076.post-48460082210791368172012-12-05T16:57:00.000-02:002012-12-05T17:00:53.296-02:00Domingo de sol<style type="text/css">
<!--
@page { margin: 2cm }
P { margin-bottom: 0.21cm }
</style>
-->
<br />
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<i>Naquele domingo, o sol
amanheceu um pouco mais cedo que de costume, antes das sete,
prometendo um dia bem ensolarado e quente. Um desses dias de
veranico, fora de hora mas que esquenta de fazer curtir a cabeça de
qualquer um, ainda que ande com cobertura e para noite esfrie tanto
que sujeito bata o queixo. Germano acordou cedo, se espreguiçou,
botou água pra ferver pra cevar um bom chimarrão e foi dar uma
olhada nos bichos. Viu que seu Hermano já tava cuidando de tudo,
entrou no galpão para dar uma espiada nos seus cavalos. Um quarto de
milha baio branco, forte robusto, 1,50m de altura, bom para tudo,
para trabalho, para cavalgada, para trote curto e largo... Passou a
mão nos pelos dele e disse:</i></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<i>_ É mano velho, acho
que vamos dar uma corrida longa hoje... e recebeu um relincho de
resposta, ao que Germano entendeu como um sim.</i></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<i>Tava indo ver o outro
cavalo, um crioulo alazão, bonito que dava gosto, quando escutou:</i></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<i>_ Seco, ô Seco, corre aqui que eu acho que tá dando bicho nos porcos.</i></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<i>Germano tinha este
apelido de tão magro que era. Comia de um tudo muito, mas não
engordava nem nos flancos nem no ventre. Seco foi ver a situação e
bah, que coisa era aquela agora que tava dando nos pobre dos bichos?
Parecia bicheira , mas não era.</i></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<i>_Sei não mano velho, o
jeito é buscar o doutor. Eu já ia mesmo para aqueles lados dar uma
olhada lá na exposição dos cavalos...</i></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<i>_ Nada, tua ia era ver
a prenda, aquela guapa morena.</i></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<i>_Deixa quieto isso,
deixa quieto. Vamos que vou encilhar o baio e levo o crioulo na
reserva.</i></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<i>Entrou na casa,
preparou o mate, tomou umas boas goladas e logo foi colocar a pilcha;
vai que realmente encontra a tal prenda que há meses ele tava de
olho, pensou enquanto ajeitava guaiaca.Colocou uma faca atrás e
outra no cano da bota, só pro precaução.Ajeitou o barbicacho e...</i></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<i>_Tudo pronto? Anda
mano, que moleza...</i></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<i>_Calma, Seco, que essa
pressa todo não é por causa do doutor, com certeza...</i></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<i>_ Deixa de prosa, que
daqui até lá são bem umas 2 léguas se não for mais. Levo 3 horas
se for no trote ligeiro, mas não posso puxar muito, senão os bichos
ficam secos.</i></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<i>_Secos como você é
difícil, e riu do irmão que era sempre muito sério e caladão.</i></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<i>Seco ignorou a menção
a magreza dele. Tava preocupado demais com os bichos, com a
distância, se ia achar o doutor e também a prenda. Nossa! que
domingo, mal tinha levantado pensando em curtir um pouco o veranico,
tirar os mofos das chuvas passadas e surgiu um monte de coisa para
resolver. _ Eta vida danada, meu deus!</i></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<i> Acertou os pelegos, a
sela, amarrou daqui e dali e montou. Eram 8 horas da manhã. Disse
para Germário, o irmão de criação dele, nascido na fronteira do
Uruguai, que lá para umas duas ou três horas estaria de volta, quem
sabe trazendo o doutor, caso ele não bebesse demais na festa, o
doutor e não ele.</i></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<i> E se foi.Pegou a
estrada de terra e saibro, longa e batida, cercada de capim aqui e
ali, muito capoeirão... Olhando de cima do cavalo, bem na direção
do horizonte, se via as corcovas da terra, como os contornos de uma
mulher deitada de costas... Bonito de ver, pensava Seco e lembrou da
guapa, das curva suaves, o tom moreno da pele, o cheiro de mato... As
araucárias iam se espichando aquí e ali, as acácias as aroeiras
que obrigam um a cumprimentá-las, os angicos, fortes que nem ferro,
uma beleza rica, de dar gosto de ver sem pressa. Pelas beiras da
estrada se viam as bergamotas cheias, carregadas, laranjais também
carregados parecendo árvores rústicas de Natal, verdes com bolas
cor de laranja... dava até água na boca. Seco pegou um pouco do
cantil e saciou a sede sugerida.</i></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<i> Já tinha andado bem
uma légua, e sem mais nem menos desceu uma serração, que ele
estranhou. O tempo não esfriava, só um pouquito, mas ficava difícil
de enxergar longe. Seco que conhecia bem o caminho, puxou seus
cavalos para os cantos da estrada e tomou o caminho de dentro, por
entre as fazendas. Puxou um pouco no trote apertado e logo a serração
foi se dissipando e ele voltou para estrada. Deu uma parada, para dar
água pros cavalos. De repente, quem ele vê? A chinoca,a prenda mais
linda que ele já tinha visto e que mexia com ele, mexia todo,
abrasava o corpo, amolecia as permas, alterava até a compostura.
Resolveu conter-se, fez um aceno de cabeça com o chapéu, porque se
caísse na besteira de falar alguma coisa poderia se atrapalhar e cair
no ridículo. Mais que rápido montou o baio e largou numa cavalgada
ligeira. Mais umas léguas sem pensar em nada chegou na tal
exposição. Pequena, mas boa.
</i></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<i> Uma belezura, cada
alazão cada crioulo, os poneis.... um festival de tons, formas e
tamanhos. Tinha boi, vaca, porco. Era o último dia e tinha uma fila
de caminhões para embarcar os bichos. Recostado em uma cadeira junto
ao Pavilhão de Gado de Corte, o tratador Leonel de 52 anos, contava
as horas para pegar a estrada e partir de volta a Alegrete.
</i></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<i> _É mais pela
canseira”, reclamava. Ele acredita que os animais sofrem menos com
o cansaço, - Eles estão acostumados, são animais de feira, muitos
até nascem nas feiras e gostam disso tudo”, disse o tratador, que
há 12 anos cuida do gado charolês em feiras.</i></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<i> No meio daquele
furdunço Seco olhava de um lado para outro procurando o Gregório
veterinário...De repente viu ele conversando com o criador de porcos.
Caminhou na direção dele já acenando.</i></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<i> Esperou o homem acabar
de falar e emendou logo:</i></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<i> _ Seu gregori, os
bichos la de casa tão mal.</i></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<i> _ Os cavalos?</i></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<i> _ Não, os porcos,
parece que é bicheira ou essa tal de suína. Senhor tem que vir
logo.</i></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<i> _ Tá, mas deixa
acabar a feira que eu ainda tenho muita consulta. Vai tu na frente e
me vai lavando os bichos e separando os que tão mal.</i></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<i> _ Certo seu doutor, já
vou pegar a estrada de volta, agora mesmo.</i></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<i>Deu mais uma olhada na
feira que estava cheia de prenda também, mas não achou a que seus
olhos queriam.Talvez tivesse ficado na calma do campo, apreciando o
sol nas coxilhas, ouvindo as saraúnas e os quero quero, sentindo o
cheiro da erva que cresce rústica pelas beiradas do caminho...<br />_
Montou o crioulo, segurou o baio e veio a trote largo, para ver se
chegava a tempo de fazer o que o doutor pedira. O tempo mudara, o sol
já ficara escaldante e passava das 2 horas da tarde. Bateu uma sede
nele e também no bichos. Puxou os cavalo mais para dentro, onde ele
sabia que tinha um córrego. Seco olhou, um pe de bergamota
carregado. Resolveu tirar umas para saciar a sede e o cansaço da cavalgada. Mal tava chupando uma quando apareceu o dono da propriedade
e foi logo gritanto.</i></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<i>_A bergamota tem dono.
Se quiser chupar tem que pagar.</i></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<i>- Mas tavam caídas
no chão, e além do mais não to pegando dúzia, peguei umas 3 só
para matar a sede...</i></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<i>_ Comigo não tem essa
de três ou trezentos. O que é meu é meu e quem pega paga...</i></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<i>O homem pegou de um
facão de mateira e Seco pegou da faca da bota deixando a da guaiaca
para reserva.O homem partiu para cima, Seco se esquivou, mais uma
investida e Seco evitou o facão. De repente, ele olhou pro lado e
viu a chinoca, olhos arregalados, mãos na boca, apavorada, num grito
mudo. Quando ele tentou falar com ela, o pai deferiu-lhe o golpe,
cortando o braço esquerdo de Seco. Luana, a chinoca, correu na direção de Seco, calada, só olhava...Seco balbuciava, ah chinoca ,
ah chinoca, como te quero...</i></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<i>Ela , então decidida,
se colocou entre o pai e o taura amado e disse. _que mesquinhez, por
causa de 3 bergamotas e o senhor com os pés cheios. E agora? Então,
ela rasgou um pedaço do avental, amarrou no braço de Seco para
estancar e perguntou.</i></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<i>_Fica?</i></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<i>Ele fez menção com a
cabeça que não – outro dia disse, so para te ver!</i></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<i>Ela ruborizou e ajudou
ele a caminhar até o cavalo. Secou montou, taura que era e foi a
trote para casa arrumar as coisas pro doutor</i></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<i>Quando chegou,seu Hermano quase teve um troço. _Que foi isso homem? Com quem tu
brigaste na feira? Foi por causa da prenda, aposto!</i></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<i>-Cala boca homem, não
foi nada, apenas um entrevero com o dono das bergamotas, aquelas lá
do riacho. Parei um instante para dar água pros bichos, peguei umas
bergamotas para matar meu cansaço e o homem saiu de facão e tudo...
só faltava puxar da arma , se não fosse ela...</i></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<i>_ Sabia, sabia que ela
tava no meio. Mulher é fogo, só serve para atazanar o juizo de um
bom cristão...</i></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<i>_Para de prosa, que o
doutor vem quase chegando. Temo que limpar os bichos, separa os bons
dos ruins..</i></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<i>Enquanto falava, quem
veio vindo de mansinho?A tal da chinoca, veio suave como cheiro de
flor de laranjeira, foi se aproximando, o silêncio dos dois, e ela
foi ficando, foi ajudando, foi lavando os porcos, arrumando a casa,
lavando a roupa...</i></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<i>Quando se deu da conta,
já tinha passado uns meses.</i></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<i> Certo dia o pai veio
ver, meio como visita. Olhou a filha barriguda, cumprimentou o Seco e
disse: - Minha propriedade é de vocês.Vocês ficam, vocês cuidam
e pronto. Dá um qualquer para mim e tá bom. Seco não disse nem que
sim nem que não. Não queria aceitar favor de quem quase o matou.
Luana se aproximou do pai, deu um longo abraço e disse que sim com a
cabeça. Depois perguntou:</i></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<i>_Pai vai para onde?</i></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<i>_ Sei não, vou por
estes rincões, quem sabe encontro seu mano... Vou atravessar este
Rio Grande, conhecer esta terra tão bonita... Disse e arrancou com o
cavalo.</i></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<i>E Seco, Luana e
Germário ficaram ali presos que nem angico, sem nem um movimento.
Depois cada um foi saindo para sua obrigação. Só Luana falou:</i></div>
<div class="western" style="margin-bottom: 0cm;">
<i>_Depois temos que ir
nas terras do pai começa a cuidar, o terreno é bom, tem bergmota à
vontade...</i></div>
Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8163602226782369076.post-89625061558455473762011-10-05T14:00:00.003-03:002011-10-05T14:05:47.975-03:00SEDA PURA<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjLbNX4IKyj-C0Rz2b0lslQObwcbrwgv6my-xq-cTZIaouUfLWP0LkUWeGcwgx45KsS0fnf0fXGDjn3f9pWZMoc9UXYUCv5yMAIv5-kCtrmEZTZ7hNSiS2wRpkC8PH9zucv9rWHb7Uro0EF/s1600/171908_Papel-de-Parede-Cortina-De-Seda-Azul_1152x864.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 240px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjLbNX4IKyj-C0Rz2b0lslQObwcbrwgv6my-xq-cTZIaouUfLWP0LkUWeGcwgx45KsS0fnf0fXGDjn3f9pWZMoc9UXYUCv5yMAIv5-kCtrmEZTZ7hNSiS2wRpkC8PH9zucv9rWHb7Uro0EF/s320/171908_Papel-de-Parede-Cortina-De-Seda-Azul_1152x864.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5660055345400766562" /></a><br />Num balcão comum de feira, vários retalhos estavam expostos `a vista dos compradores. Diversas mãos passavam pelos tecidos, deixando escorrer por entre os dedos, as texturas lisas e ásperas de cada um. Uns mais coloridos, outros menos estampados. Aos olhares atentos e desatentos, um pedaço de pano azul simples de seda pura, passsava de lá para cá. Nada havia nele que chamasse atenção. Nem bordado, nem estampa, nem coisa alguma que o valorizasse com relação aos outros. Era um simples pedaço de pano azul.<br /> As mulheres pegavam os tecidos colocando-os na frente do corpo, caindo pelos braços , em volta do corpo enviesadamente, até mesmo ao redor da cintura, como saia e compravam. Pediam, puxavam, pechinchavam, discutiam... e o mascate faliez de lado a lado, concordava com todas. O desejo dele era simples: vender todo e qualquer pedaço de tecido barato como se fosse renda brocada ou seda pura.<br /> Quase toda a banca vendida, sobrava apenas em meio alguns pedação de algodão e chita, um pedaço de tecido azul, simples, puríssimo, mas nada o destacava dentre os demais.<br /> Certo momento, passou alguém e pediu que pudesse ver, melhor, tocar, o pedaço de tecido azul. O mascate não reconheceu quem era e de cabeça abaixada, pegou o pano pedido, dizendo:<br />_ Já vou avisando – não dou desconto; está tudo em promoção, preço de ocasião, é para acabar.<br />_ O sr. fala sério? Indagou o comprador.<br /> O vendedor levantou a cabeça e disse: - já vendi quase tudo, mostrando os bolsos cheios de dinheiro amassado. Tudo valia quase a mesma coisa e vendi tudo por mais, de acordo com o desejo e a cara do fregues.<br /> E este, por quanto o senhor faz?<br /> Dois reais o metro.... este debe ter no máximo um metro e meio, fica por 3 reais.<br /> Está feito, três reais.<br />Enquanto embrulhava, o mascate percebeu que o comprador não tirava os olhos do pano, como que maravilhado. Reconhecendo o comprador como um dos melhores alfaiates do país, decidiu perguntar<br />_ Mas o senhor, exímio conhecedor de tecidos vem a uma feira destas em busca de que? <br />_ De nada em especial, apenas olhando, respondeu o alfaiate , pagando e abraçando o pequeno embrulho. Entretanto, o que o senhor me vendeu não tem preço. <br />_ Como assim? Quis saber o outro estupefato!<br />_ Este é uma pedaço de seda pura que debe ser datado do século 300 a.C. Valiosíssimo, perdido aquí no meio de tanto tecido barato , so bons olhos e mãos delicadas poderiam identificá-lo e valori-zá-lo. E foi o que aconteceu. E saiu com o seu pacote de seda pura, enquanto o outro apenas de boca aberta ficava pensando nos milhões que poderia ter ganho e esqueceu-se até de tanto dinheiro que já tinha faturado naquela feira.Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8163602226782369076.post-3993319641279633092011-07-08T11:24:00.006-03:002011-07-08T11:40:26.378-03:00Cansaço<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjL2Xdftu6PsvJ1zW0OSPSxzi8SON9qBKXAGHOMWFPlIaESFrrxfoiZdHgNBsKuULajdqsIe0dq1dzKVc6K1EfAM_U7b2NtePyJ_3GPYrpG_A31hISvAuDfh1-1Bq_M8w4_AKj0tbEYu6dY/s1600/cansa%25C3%25A7o.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 183px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjL2Xdftu6PsvJ1zW0OSPSxzi8SON9qBKXAGHOMWFPlIaESFrrxfoiZdHgNBsKuULajdqsIe0dq1dzKVc6K1EfAM_U7b2NtePyJ_3GPYrpG_A31hISvAuDfh1-1Bq_M8w4_AKj0tbEYu6dY/s320/cansa%25C3%25A7o.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5626988912519446098" /></a><br />Hoje acordei cansada<br />cansada de existir<br />assim como uma vela que aos poucos <br />enfraquece sua chama<br />bem antes de apagar...<br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgnUeA2p6WBscRuv5FS4eGrYXZklsJYoyjsIv7u-rdkaNbD4xsuJKldtGF6cSO_v_dm-L-scSDslT2w-d5RqsTM4AtTqwsndP0o3FF0MKlXdDsIIa0TWqVhQXnA7MEtPfuRim53oKy96OKL/s1600/vela.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 240px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgnUeA2p6WBscRuv5FS4eGrYXZklsJYoyjsIv7u-rdkaNbD4xsuJKldtGF6cSO_v_dm-L-scSDslT2w-d5RqsTM4AtTqwsndP0o3FF0MKlXdDsIIa0TWqVhQXnA7MEtPfuRim53oKy96OKL/s320/vela.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5626990218429773074" /></a><br />Nem todas as frases de sabedoria<br />nem todos os estímulos de auto-ajuda<br />nem todos os poetas (meus queridos poetas)<br />estão insuflando oxigênio a minha chama<br />hoje...<br />Nem mesmo dormir é possível<br />pois deitar também é impossível<br />só me resta andar...andar...andar... andar<br />até desaparecer do mundo...<br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjD6Oadhhayo22IACse39DUV-twA7B4dkz994h2FlLbFTpdFj_IDvEzBnD0iSJMyU7FeYXVU4t-Nk4qrVyZs6iqfpEptulMAkzdOpVxuN1eXLR8wyILMF-3B1e_GmGG5mpi4ik61kwfuKi3/s1600/caminhando%255B1%255D.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 309px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjD6Oadhhayo22IACse39DUV-twA7B4dkz994h2FlLbFTpdFj_IDvEzBnD0iSJMyU7FeYXVU4t-Nk4qrVyZs6iqfpEptulMAkzdOpVxuN1eXLR8wyILMF-3B1e_GmGG5mpi4ik61kwfuKi3/s320/caminhando%255B1%255D.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5626990537002415458" /></a>Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8163602226782369076.post-52746123477321523082011-06-25T22:58:00.007-03:002011-06-25T23:35:43.794-03:00alfonsina y el mar<span style="font-style: italic;">Que feliz e simples<br />o passo de Alfonsina<br />a força de sua decisão<br />para o mundo<br />que jamais<br />jamais ira nos compreender<br />muito menos nos aceitar...<br />homenageo Alfonsina <br />vestida de mar<br />olas marinas<br />algadas das lágrimas<br />enfetada de estrelas e corais<br />como uma bela sereia serena<br />a poeta do lago<br />que ergue con seu punho cerrado<br />a pena e o papel<br />com que tento gritar al mundo<br />su voz débil e forte<br />tqn certera que até hoje<br />se ouvem en el fundo do mar<br />sua alma en versos <br />movimentos marinhos<br />constantes como esta vida...<br />até quando?</span><br />!<object id="BLOG_video-FAILED" class="BLOG_video_class" contentid="FAILED" height="266" width="320"></object>Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8163602226782369076.post-3032385879677402692011-06-22T18:35:00.007-03:002011-06-22T19:09:40.853-03:00ARTE OU ARTESANATO?<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhwd8stoxft6r2lSt0e0V2sd63isMHNeulQQoGrAhKAOkBD38w_hQLXNt7TUypUrA6IR10EqCvf2qcexF3DVnHhUd3y5Mz8dl289YKnovNp5U2hgZKXr9CVf5h08lll3bWXIw99DBnO7Vay/s1600/DSCF0953.JPG"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 240px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhwd8stoxft6r2lSt0e0V2sd63isMHNeulQQoGrAhKAOkBD38w_hQLXNt7TUypUrA6IR10EqCvf2qcexF3DVnHhUd3y5Mz8dl289YKnovNp5U2hgZKXr9CVf5h08lll3bWXIw99DBnO7Vay/s320/DSCF0953.JPG" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5621167260867238674" /></a><br /><br />O que é artesanato? Eis uma boa questão , nem sempre bem respondida ou corretamente definida. Por que não é Arte? Quem disse que um artesão não é um artista? Seria Renoir menos artista quando ele começou pintando porcelanas? E Brancusi, quando entalhava madeiras, era apenas um artesão simplório? Artesanato é terapia, para quem? Para senhoras nervosas, para ex-drogados, para os excluídos da sociedade capitalista por algum motivo ou mesmo para aqueles que vivem bem, porém, um dinheirinho a mais não faz mal a ninguém... Só afirma isso quem nunca fez nada, nem manufaturado, nem artesanato, nem arte, nada, simplesmente nem sabe o que é criar, o que é fazer uma idéia-sentimento ter forma, até virar um objeto único. <br />O pior é que agora com tantas definições do que é artesanato, do que não é artesanato ou do que é manufatura, mas não é artesanato, do que não é artesanato porque usa máquinas, ou porque usa materias "industrializados", nós importamos toneladas de "artesanato" chinês que desvaloriza não só o artesanato em geral, como o artesanato regional, o cultural ou o totalmente artístico e original.<br />O Brasil é um país não só musicalmente nato como também artisticamente nato. Há artistas por todo lugar, em cada cidadezinha, em cada região... nos confins desta imensa terra brasilis como na cidade grande, na Metrópole atordoada. Há artistas aos montes, dêem os nomes que quiserem: artesão, trabalhador manual, artista... <br />Só sei que os artistas de Bienal, de museus de arte contemporânea, de instalações e conceitos, estes sim, não fazem arte, na verdade não fazem nada e ficam só discutindo não mais o sexo dos anjos, mas os nomes dos deuses.Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8163602226782369076.post-32031800992140748072011-05-21T19:55:00.005-03:002011-05-21T20:05:19.642-03:00Sobre o Amor<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjZpQJ3ERIVnhSHCmHvTI2uX-YmpzdNwFwhu_4wQJ66BOXaHalavIMv2X5Qew0MB3s0Gevjgw86gPe1B-cz3_xv1mN5ieNPF1yQ64YVq4a9DqZuPHTYkhB9kwPxbnTNMyUEXeSwBrNmxmux/s1600/eu-queria-ser-amor-geisa.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 227px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjZpQJ3ERIVnhSHCmHvTI2uX-YmpzdNwFwhu_4wQJ66BOXaHalavIMv2X5Qew0MB3s0Gevjgw86gPe1B-cz3_xv1mN5ieNPF1yQ64YVq4a9DqZuPHTYkhB9kwPxbnTNMyUEXeSwBrNmxmux/s320/eu-queria-ser-amor-geisa.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5609308547723484082" /></a><br /><br />Amor não é apenas se envolver com uma pessoa <br />e achá-la perfeita,<br />ela não é exatamente a que habitou outrora nossos sonhos.<br />Não existem príncipes nem princesas encantados<br />isto são apenas nomeações terrenas,<br />títulos de nobreza...<br /><br />Olhe a pessoa que você acha que ama<br />de forma sincera e real, <br />e exalte suas qualidades, <br />mas tenha em conta os seus defeitos<br />e ajude-a a superá-los.<br />Ame-a simples e totalmente como ela é<br />como se apresenta a você<br />assim como se ama uma flor<br />um animalzinho de estimação<br />O amor só é verdadeiro <br />quando encontramos alguém que nos aceita<br />e nos transforma no melhor que podemos ser.Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8163602226782369076.post-67233969989100435242011-05-09T17:44:00.007-03:002011-05-09T17:51:01.252-03:00À teimosia dos objetos<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjV7UWBmXLher9OyTSrayo5y4k__E3rMsL5_vt5id5HvNeMfULrMQ2aUc7jW8IoRDXFWg1o03q10chHnmN-IRYoVx4tIdAuxVPOsQYX5o0G-aSOhSiVBLQezw2LTX-jygD7FaOTs1NX9zl5/s1600/objetos.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 258px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjV7UWBmXLher9OyTSrayo5y4k__E3rMsL5_vt5id5HvNeMfULrMQ2aUc7jW8IoRDXFWg1o03q10chHnmN-IRYoVx4tIdAuxVPOsQYX5o0G-aSOhSiVBLQezw2LTX-jygD7FaOTs1NX9zl5/s320/objetos.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5604820728187608386" /></a><br /><br />É preciso arrumar a casa, sempre. Ainda que não a limpe, é preciso arrumar. Mesmo que não a faxine, é preciso arrumar as coisas, por tudo em seu devido lugar, todos os dias, sempre.<br />Hoje eu não arrumei a casa e os objetos ficaram provocadoramente fora do lugar, pedindo para que eu fosse arrumar a casa, mas eu não arrumei. Eu não quis ou estava sem forças para lutar contra o cansaço, porque cansei sim. Cansei de por todos os objetos no lugar. Como pessoas teimosas que me circundam a vida, esses objetos parece que têm vida. Eles insistem em ficar fora do lugar. Por exemplo: a pinha que eu ponho sempre na prateleira da estante de livros da sala de jantar, insiste em passear pela casa. A cada instante eu a vejo, e ela está em qualquer lugar, provocando-me em lembranças esquecidas, desviando-me dos afazeres cotidianos e banais para me fazer viajar pelos espaços distantes e longínquos das vagas recordações, atrasando-me, fazendo-me queimar o arroz, deixando-me surda aos apelos pueris que me circundam também como as pessoas teimosas... <br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEji3DAMtu2UNZBiTVswj8Tg35blwSBz6qRg_N-oBGmrbrSbTNquT7mLp35wHrHC6L-gUyCYA47bhtXDfTQgu1O_1lp9d6vfZvoswaWKuoPWaLPdhawNpzn9-9aliCVNWPVQN1GPG22XI2VF/s1600/pinha.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 302px; height: 320px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEji3DAMtu2UNZBiTVswj8Tg35blwSBz6qRg_N-oBGmrbrSbTNquT7mLp35wHrHC6L-gUyCYA47bhtXDfTQgu1O_1lp9d6vfZvoswaWKuoPWaLPdhawNpzn9-9aliCVNWPVQN1GPG22XI2VF/s320/pinha.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5604820930938619250" /></a><br /><br />É preciso arrumar a casa, sempre. Acordar e começar a por tudo no lugar, porque é a noite que os objetos se mexem. É a noite que eles passeiam pela casa e escolhem outro lugar que não é o seu e ficam lá, esperando amanhecer e eu me dar conta de que tenho que levantar para arrumar a casa, mesmo que eu esteja cheia de sono, mesmo que eu esteja cansada, mesmo que eu esteja irremediavelmente doente e sem forças, querendo permanecer como as coisas fora do lugar...porque quando me deito, ainda que não durma, eu não me incomodo com os objetos fora do lugar. Mantenho os olhos fechados e então, tudo faz sentido, ainda que aparentemente, os objetos estejam fora do lugar...<br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgWqVOtMgMshQfZAxwmN0izLIsEDUOmktiyKmWlufWni5Ke-vK1RGOo5Ft4gNO8OY-RbyXdgpE1EghvlNfbNOkSWQtItzPK08rpUYdCJrbJhXcK2kyejaZjrJQS7sYBUoatE2IGrVxOWh04/s1600/objetos2.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 320px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgWqVOtMgMshQfZAxwmN0izLIsEDUOmktiyKmWlufWni5Ke-vK1RGOo5Ft4gNO8OY-RbyXdgpE1EghvlNfbNOkSWQtItzPK08rpUYdCJrbJhXcK2kyejaZjrJQS7sYBUoatE2IGrVxOWh04/s320/objetos2.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5604821201505114562" /></a><br />Sim, é preciso arrumar a casa porque eu tenho que levantar todos os dias e viver, fazendo coisas até o tempo acabar, até não haver mais nem um grão de areia para escorrer. Eu tenho que arrumar a casa e colocar tudo no lugar, ainda que não limpe, mesmo que não faxine, os objetos irão para o lugar e eu terminarei o dia satisfeita, com a sensação boba do trabalho bem feito, da obrigação cumprida, do dever atendido. E nunca, nunca mesmo, enquanto arrumar a casa, ouvir as provocações dos objetos!<br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEipkZ6_Dtv-p9NakaYclWOowy42NL6z-vLLY5EQ02v9Puli2PMaryOzhJlTyA8YLVaWdsz_n2DY_yRx8X_c73wUmtWH5JyD758bkRku9HdaKkUShKvRqp031gguxG2oJ6m_8P2YRv9j-CNd/s1600/objetos+3.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 199px; height: 320px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEipkZ6_Dtv-p9NakaYclWOowy42NL6z-vLLY5EQ02v9Puli2PMaryOzhJlTyA8YLVaWdsz_n2DY_yRx8X_c73wUmtWH5JyD758bkRku9HdaKkUShKvRqp031gguxG2oJ6m_8P2YRv9j-CNd/s320/objetos+3.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5604821454521546834" /></a>Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8163602226782369076.post-63813151351100223192011-05-06T20:57:00.008-03:002011-05-06T21:20:28.498-03:00DIA DAS MÃES<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgblI46JFJoNgZKRgqOHFrp1C7x0b7m2obLuw90DstMyda7dxitUCP-LT2ONaYEeWmQt_SQbispaBfqGjOKTO-AVWau_pNMcIzd_dG8peNrQid9au2QV1_wfBZkAnA37UamhiVhYS_WbZvf/s1600/mae02.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 315px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgblI46JFJoNgZKRgqOHFrp1C7x0b7m2obLuw90DstMyda7dxitUCP-LT2ONaYEeWmQt_SQbispaBfqGjOKTO-AVWau_pNMcIzd_dG8peNrQid9au2QV1_wfBZkAnA37UamhiVhYS_WbZvf/s320/mae02.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5603757959556986610" /></a><br /><br /> Ser mulher é muito difícil, às vezes, até perigoso, como diria o grande Guimarães Rosa – é o diabo no meio da rua, no meio do redemoinho. Ser mãe, então, é bem pior, é estar no meio do redemoinho o tempo todo. Glamoures à parte, ser mãe é padecer, mas onde fica o paraíso?<br /> Já é tempo de se exorcizar as frases feitas, os clichês, as ideias prontas, preconcebidas. Já é tempo de se dizer algo novo, mais realista, de se repensar as antigas ideias. Afinal, estamos no século XXI e a única coisa nova que vemos é o desenvolvimento tecnológico e o crescimento demográfico assolar a Terra e junto, suas nefastas consequências. De resto, a humanidade caminha como caminhou há milênios – a pé, em passos de tartaruga.<br /><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi6yYFuYS0NLsp2c6MMCHC6AtzvUH5Az_HKyAE9mvoC3hVxxf9lqTNcg9JzlvBhdNIphRlGUK6hYaq3ubNz4Q7GnhhUaumCVu44H3dAQt89ohIv0OUS8GSiHh6x8iH0VOoVmUpuUTsjDjjE/s1600/mae_estrela1.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 318px; height: 320px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi6yYFuYS0NLsp2c6MMCHC6AtzvUH5Az_HKyAE9mvoC3hVxxf9lqTNcg9JzlvBhdNIphRlGUK6hYaq3ubNz4Q7GnhhUaumCVu44H3dAQt89ohIv0OUS8GSiHh6x8iH0VOoVmUpuUTsjDjjE/s320/mae_estrela1.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5603758673328770914" /></a><br /><br /> Ser mãe hoje é bem mais complicado que há décadas ou alguns séculos atrás. Tarefa árdua, a mesma de outrora, mas com o acréscimo diário de todas as exigências contemporâneas que o mundo impõe às mulheres. Talvez uma espécie de castigo por termos lutado pela igualdade de direitos... Me perdoem as feministas, mas acho que algo deu errado, e se era para ser isso que estamos vivendo hoje, que ficássemos como estávamos. Pelo menos nos dedicávamos a casa, a família e aos filhos e só. Continuamos com tudo isso e mais o emprego fora e a obrigação de nos mantermos bonitas, jovens, ativas, esbeltas, etecetera e tal. Mas a coisa está feita e mais uma vez, o homem saiu ganhando. Ficou mais fácil e cômodo ser homem. Que dificuldade um homem passa que não passe uma mulher? Mas eu direi umas tantas que uma mulher passa e que nenhum homem passa. É justo?<br /><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEioFZFDq_ek_iXmE_IGMgCoUOjdTSNDGM3Ii0Yny5IkaooYJgfcTK6XJsOfRVXdAJlcjlZfIDMBrdhnjr3o8qw25RvBOQKd8TCGxUYpjnWx1r2rLjNaHKzyWpCmbUxAK2TAnWYTC4FqR6IF/s1600/mae02.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 315px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEioFZFDq_ek_iXmE_IGMgCoUOjdTSNDGM3Ii0Yny5IkaooYJgfcTK6XJsOfRVXdAJlcjlZfIDMBrdhnjr3o8qw25RvBOQKd8TCGxUYpjnWx1r2rLjNaHKzyWpCmbUxAK2TAnWYTC4FqR6IF/s320/mae02.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5603759390091855906" /></a><br /><br /> Desde a concepção até o nascimento, com a amamentação e a escolha da babá ou da creche, desde a primeira palavra, o primeiro passo até o primeiro beijo e o primeiro namoro, tudo e o tempo todo é com a mãe. A mãe faz, arruma, limpa, alimenta, provê, acontece e faz acontecer, divide, festeja, faz trabalhos, ajuda com a pesquisa, com o namorado... é uma lista interminável. E além de tudo isso, ainda paga, o que antes poderia se dizer ser a parte mais difícil que cabia ao homem-pai, hoje já não é assim. <br /> Mas claro que me refiro às mães que são verdadeiramente mães. Mãe materna, mãe carinhosa, mãe generosa, mãe ouvinte, mãe doadora. Pra tudo há exceções na vida e para a figura da mãe também. Mãe é o abraço constante, é o colo mais gostoso e acolhedor, é o olhar mais amigo, é a palavra doce e o ouvido mais atento...mãe é a que ampara, orienta, é o gesto e a atitude mais acertada. Mãe é o amor descrito na carta de Paulo aos Coríntios. Sem isso, como viver? De que vale tudo que se pode alcançar, se não se tem este amor, este amor materno?<br /> E hoje, no dia das mães, eu quero homenagear a todas estas mães amorosas, sejam elas solteiras, casadas, viúvas ou separadas... sejam elas novas, adolescentes, maduras ou já idosas, sejam elas ricas ou pobres, operárias ou presidentas, sejam elas artistas ou artesãs, professoras ou executivas, sejam também as fracas e não só as fortes, as que se deixaram escravizar e levar por este mundo masculino...enfim, minha homenagem também as que se tornam mãe sem pais porque sua alma gêmea é feminina. <br /><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgDobMqGzgqZ-Ty-Ohm4SpDsM4aOrW6URe_ZsGqSBtg9l8vaIkYq4MQ9uaPciqKaD9PJoce_AKdxcTuPB3SqocN8afNDO-Mm8aMrTn5DMQwQvlWIV1n20zBkgjtl7CcTntAQ3Uc8scuhL0j/s1600/maes.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 213px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgDobMqGzgqZ-Ty-Ohm4SpDsM4aOrW6URe_ZsGqSBtg9l8vaIkYq4MQ9uaPciqKaD9PJoce_AKdxcTuPB3SqocN8afNDO-Mm8aMrTn5DMQwQvlWIV1n20zBkgjtl7CcTntAQ3Uc8scuhL0j/s320/maes.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5603760732996797186" /></a><br /><br /> Minha homenagem às Palmiras, às Olgas, às Marlenes, às Roses, às Fridas, às Jandiras, às Elviras, às Madalenas, às Saras e a todos os nomes em todas as línguas da mulher-mãe. Minha homenagem às verdadeiras mães que não se armam contra os filhos, que não cobram de seus filhos as mesmas legendas políticas ou credos religiosos para poder ajudá-los, ampará-los ou acolhê-los em seus seios. Minha homenagem a este coração humano, a este eterno feminino presente em todas as raças e crenças que não alijaram a figura da mulher de suas sociedades.Uma homenagem especial às parteiras e obstetras que ajudam neste milagre, especialmente a fadinha que me auxiliou mais de uma vez! Minha homenagem à Maria, à Isis, à Isthar e às tantas deusas e mitos maternos que sempre consolaram os homens e toda a Humanidade nos seus momentos de dúvida, medos e aflições. Minha homenagem à Grande mãe Terra, que ela se apiede de nós, de nossos erros e abusos e nos permita andar em paz por este planeta ainda por muitos séculos e séculos. <br /><br /><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi8F4oKuH04Of30jXguxlWbFvZ6-3wtmwc_YO5aYkWliE4M8kJ8YcruM8OS9v7vIKUlOqbeGI5ayc3K7I1pWdWKnwndE55TgBjfSEMlawYiZNZsDt_ZAjbXRcznh3kyCzYIAors35B25L5o/s1600/Saudade-de-voce-mae-de-Isabella-Knust.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 237px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi8F4oKuH04Of30jXguxlWbFvZ6-3wtmwc_YO5aYkWliE4M8kJ8YcruM8OS9v7vIKUlOqbeGI5ayc3K7I1pWdWKnwndE55TgBjfSEMlawYiZNZsDt_ZAjbXRcznh3kyCzYIAors35B25L5o/s320/Saudade-de-voce-mae-de-Isabella-Knust.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5603759083418999378" /></a><br /><br /> Ser mãe é ser um grande coração, um coração tão vasto e espaçoso onde sempre cabe mais de um e onde o perdão e a compreensão inundam nossas vidas tão difíceis e imperfeitas. Neste dia e para todos os dias que se seguem, minha homenagem às Mães!Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8163602226782369076.post-58306736111205060492011-04-29T17:04:00.002-03:002011-04-29T17:20:12.987-03:00Silêncio<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjMn81-m7pbJCZL15n5qHbRPxwGWnulBvzFz6wwehYZSVmM6O4BM20EmDCAm-_dv_0CuxQM2kNkQ2mRd4dgEj-vyfM59w7rYr8owmIYI7pb9vXGb_ewhHgXsQjUDgtULFTlrziFGs6ZBaL7/s1600/igreja_lut.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 213px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjMn81-m7pbJCZL15n5qHbRPxwGWnulBvzFz6wwehYZSVmM6O4BM20EmDCAm-_dv_0CuxQM2kNkQ2mRd4dgEj-vyfM59w7rYr8owmIYI7pb9vXGb_ewhHgXsQjUDgtULFTlrziFGs6ZBaL7/s320/igreja_lut.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5601100307207536290" /></a><br /><br />Silêncio...<br />o sino austero calou-se<br />o chamado extinguiu-se<br />a comunidade ensurdecida<br />não ouve mais<br />não o sino da tradição,<br />mas o toque de Deus<br />o toque para alma<br />desperta!<br />atende!<br />lembra que não és só carne!<br /><br />O sino da igreja foi silenciado<br />como poluição sonora!<br />e os carros, meu Deus!<br />e tantos ônibus e caminhões<br />e mais todos os sons criados pelo homem<br />maquina<br />todos tão modernos<br />constantes<br />e o burburinho surdo de todos os aparelhos ligados<br />vinte quatro horas por dia<br />computadores, televisões, eletrodomésticos<br />e tanas outras tolas necessidades<br />e só o sino da igreja poluía<br />o ouvido incrédulo<br />o ouvido ateu<br />o ouvido da matéria inerte<br />que não suportou e temeu<br />rachar!<br />e os cães<br />e os gatos à noite<br />e os pássaros pela manhã<br />Vamos silenciá-los também?<br /><br />Silenciou-se o sino da igreja<br />e os fiés terão que ficar<br />cada vez mais atentos<br />porque o chamado agora<br />ecoa surdo dentro<br />na memória da alma.Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8163602226782369076.post-67864637796685434252011-04-29T16:59:00.002-03:002011-04-29T17:02:54.912-03:00Amanhecer<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjch3bU41-AeXUDeAujO0kNVSS8ZpLErcr0FFYwwngFe2j0HBlEPOCWcH0I8GEr6c9vbjZsInCe7dQYata_XPv-7h_H0hhkGTFeU9BSs-45WgLG1lm5Vd_KTW8TTSOAEoPdRD08CF4Fw5ml/s1600/pinheiros.ext.jpeg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 240px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjch3bU41-AeXUDeAujO0kNVSS8ZpLErcr0FFYwwngFe2j0HBlEPOCWcH0I8GEr6c9vbjZsInCe7dQYata_XPv-7h_H0hhkGTFeU9BSs-45WgLG1lm5Vd_KTW8TTSOAEoPdRD08CF4Fw5ml/s320/pinheiros.ext.jpeg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5601098097521022562" /></a><br /><br />Depois das trevas intensas<br />do vento atroz<br />e do silêncio cortante<br />chora em pequenas gotas<br />a esperança que se pensava perdida<br />E da madrugada escura e austera<br />surge em longos braços róseos<br />a aurora clareando o dia.<br /><br />(in: Meio Fio de Cristina Danois)Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8163602226782369076.post-22801941375523591212011-04-16T18:39:00.003-03:002011-04-16T18:47:23.438-03:00Mais um poema...<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhiKBWy0vArgdzCfzkGQ5AuPnAW3Y28xd5DSaywZC6rXSae49MNsC9i0HfVnID1fPB9oeRJlrNUXdAi7bOs6EkYXTnhafUetkL_hDc0GbC-Y-Yfktcj9OfrScxuVSxyJN_oUNGhtMeMJj5g/s1600/araucaria.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 240px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhiKBWy0vArgdzCfzkGQ5AuPnAW3Y28xd5DSaywZC6rXSae49MNsC9i0HfVnID1fPB9oeRJlrNUXdAi7bOs6EkYXTnhafUetkL_hDc0GbC-Y-Yfktcj9OfrScxuVSxyJN_oUNGhtMeMJj5g/s320/araucaria.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5596300574180543106" /></a><br />Noites do sul<br /><br />As noites tardam a chegar<br />neste verão mais ao sul<br />e o céu róseo permanece emoldurando<br />a araucária quase solitária<br />encimando o silêncio que desce<br />aos poucos<br />em gotas escuras<br />Revelam-se as estrelas<br />sob este céu interior<br />orgulhosamente<br />e o anel lácteo mais intenso<br />brilha nesta noite quente<br />sem nenhum vento<br />que tragam vozes ou risos.<br /><br />As noites tardam<br />porque neste verão<br />meu coração estacionou mais ao sul<br />e permaneceu emoldurado <br />de tristezas distantes<br />e silêncios eternos<br />aos poucos gotejando <br />na minha alma revelada<br />sem orgulho<br />que fitando o horizonte escuro<br />ardeu nesta noite quente<br />sem ventos<br />nem outros movimentos<br /><br />Neste verão ao sul<br />as noites alongam-se<br />e tardam quentes<br />sem nenhum vento<br />até que a madrugada cante<br />o eterno minuano!Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8163602226782369076.post-40905752148378909892010-10-27T16:37:00.000-02:002010-10-27T16:37:01.258-02:00SAUDADE<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><em>Minha lembrança de ti é como o encanto das coisas que<br />
respiram nas sombras... misteriosa e silenciosamente presente</em><br />
Todos os sentimentos são reais<br />
e todos fáceis de sentir.<br />
como um rio que flui<br />
passam as águas,<br />
dentro do peito<br />
pelos olhos,<br />
pela boca de todos nós.<br />
um só sentir é tão difícil<br />
que nos tira do chão<br />
nos deixa sem teto<br />
sem ar...<br />
o que nos deixa soltos ou perdidos, <br />
percorrendo todos os tempos e lugares:<br />
- é a saudade -<br />
a saudade nostálgica<br />
daquilo que está distante,<br />
a saudade melancólica <br />
daquilo que passou,<br />
a saudade ansiosa<br />
daquilo que poderá vir a ser.</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjOmTe3F74unFK0awwmyr52oiMdw6_u8zuCLeboqyOnsMezONNZukRZJFuykf70Lb8TmjDoxEEtS85ZOG6nPYv1y65lhPBpq5ZN2rx2ArEmhyphenhyphenRDu0a_8jzpc6YHnPW9CKrcqUlt3OcDn4qw/s1600/20040828_06e_parisperelachaise_1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="320" nx="true" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjOmTe3F74unFK0awwmyr52oiMdw6_u8zuCLeboqyOnsMezONNZukRZJFuykf70Lb8TmjDoxEEtS85ZOG6nPYv1y65lhPBpq5ZN2rx2ArEmhyphenhyphenRDu0a_8jzpc6YHnPW9CKrcqUlt3OcDn4qw/s320/20040828_06e_parisperelachaise_1.jpg" width="214" /></a></div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;"><br />
</div><div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt;">Este poema está publicado em uma Antologia de 1993.. são tantos poemas esparsos, que nem me lembro mais o nome da Coletânea. Há muito mais... este é apenas uma gota de um oceano que transbordo vez por outra!</div>Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8163602226782369076.post-19886526761862182682010-10-25T12:28:00.000-02:002010-10-25T12:28:27.357-02:00À LA CARTE OU FAST FOOD?<div class="MsoNormal" style="margin: 0cm 0cm 0pt; tab-stops: 198.8pt;"><span style="color: #2a2a2a; font-family: 'Book Antiqua'; mso-bidi-font-family: Tahoma;">Já se foi o tempo de podermos ir a um bom restaurante à la carte centro do Rio de Janeiro. Saudosismos à parte, a escolha depende de como você decide viver a vida. Desde o serviço à comida, os restaurantes tem se moldado a influencia nociva a saúde e ao bem estar das lanchonetes tipo Mc Donald que invadiram a cidade e os bons e agradáveis estabelecimentos. Comia-se bem e com tempo, aliás, o tempo que você quisesse, afinal, vivemos numa Democracia, não? Sentar-se à mesa não é o mesmo que comer em pé, ou pegar sua bandeja e disputar uma vaguinha numa mesa qualquer para devorar rapidamente seu lanche. Sentar-se à mesa é mais que cultural; é um hábito saudável que visa a manutenção da qualidade de vida nestas Metrópoles enlouquecidas. <br />
"Se a comida é boa, o atendimento pode melhorá-la" é uma idéia popular, mais percebida e sentida que dita, mas ainda assim, bem verdadeira. Nos restaurantes do centro do RJ, isso sempre se comprovou: comia-se, conversava-se, faziam-se negócios, namorava-se e muito mais. Tudo regado a chope, coca-cola e churrasquinho, batata frita ou mesmo a indescritível feijoada brasileira. E tudo isso era apenas o complemento para o corpo, porque a alma estava mais que satisfeita em sentar, em estar à vontade, em poder desfrutar de algumas horas para si mesmo. E satisfeita com o serviço, daí a gorjeta ser sagrada - além dos 10% institucionais, a gorjeta camarada pelo bom atendimento, pela paciência, sempre foram regras máximas deste tipo de convívio. <br />
Entretanto, tudo isto mudou. A ganância capitalista, a competição absurda pelos lucros semelhantes às redes fast food, os rodízios de péssima qualidade visando lucratividade máxima, custo mínimo em tempo <i style="mso-bidi-font-style: normal;">record</i>... Tudo isto levou os bons e antigos restaurantes do RJ a atenderem mal, a adotar comidas congeladas e a tratar os clientes com a indiferença típica das mais famosas lanchonetes do mundo, com a diferença de alguns minutos, porque não dá para ser tão dinâmico como das lojas do famoso palhaço. <br />
E escrevo isso porque na última sexta-feira, como de costume (meu, é claro), dirigi-me ao restaurante que sempre freqüentei - a Spaguettilandia na Cinelândia - e ao entrar tive uma enorme decepção. Dia de feijoada, sim, mas e daí. Escolhi a mesa que queria e o garçom veio logo me avisando de que eu não poderia reter a mesa. "Como assim, reter a mesa, não entendi?" E resolvi mudar de mesa para trocar de garçom pensando ser um dia ruim para aquele funcionário, especificamente. Qual não foi o meu espanto, e o mesmo se repetiu: "tem que ser rápido, dona, hoje é dia de feijoada, é sexta-feira, tem que comer rápido!” “Não entendi”, (às vezes, a surpresa é tamanha que deixa a gente meio burra e sem fala!), pensei ainda comigo. Mas respondi, sem altercar: Vou almoçar, posso? Não quero feijoada, vou pedir o de sempre!" E ponto final. Sentei acompanhada de meu filho e amigo. Mas, o ranço do mau tratamento ficou e não desceu nem com chope nem com refrigerante. Decidi. Levantei-me e fui falar com o gerente. Casa cheia, o caixa atolado, mas insisti e falei com o gerente que tergiversou e desmentiu os seus garçons: "o que é isso, dona; a senhora pode ficar o quanto quiser, tá pagando num tá, então...” e encerrou assim.<br />
Voltei à mesa, e confirmei o pensamento anterior - maus dias para os garçons... quem sabe, pouca gorjeta, salário baixo, problemas pessoais, sei<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>lá, não importa. Vou almoçar e assim <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>fiz. Almocei, pedi sobremesa, água e cafezinho. Conversei, relaxei, umas 2 horas no máximo, tempo do meu almoço. Então, ao pagar a conta, resolvi dar uma gorjeta a mais, quem sabe, pela paciência exercida a contragosto do garçom. Para meu novo espanto (este almoço foi marcado de espantos!) o garçom sorriu meio constrangido, talvez pelo prêmio não merecido e desculpou-se, explicando: "É a orientação dona, ele é que manda tocar o pessoal para vagar mais mesas!" Ouvi, mas não fiz caso, afinal, ele poderia apenas estar justificando seu constrangimento. Para minha última surpresa, o gerente com quem tinha reclamado de início, chamou-me, agora com a casa mais vazia, e com ar de crítica e meio altivo, disse:"Que almoço demorado heim dona!" Diante da petulância estratégica, ainda lhe respondi com certa predileção: "sabe por que venho aqui? Sabe por que sempre escolhi e escolho a Spaguettilandia há anos? Porque sempre fui bem tratada e pude comer à vontade, sem pressa. É o único dia que posso dispor assim do meu tempo, e nunca tive problemas. Como você mesmo disse a pouco: Afinal, eu estou pagando, consumindo e pagando! Mas agora ficou diferente e não venho mais.” Antes de sair, ainda acrescentei: “ E não se esqueça de colocar nas portas, às sextas -feiras: <u>Feijoada completa - 2 pessoas - 20 minutos no máximo por mesa</u>." E saí.<br />
Fica aí, registrado meio em crônica, mais este absurdo cotidiano deste século, onde presenciamos boquiabertos e impotentes a degeneração da raça humana, através da decadência dos relacionamentos, dos serviços, dos atendimentos, etc. <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>E eu pergunto a quem souber responder: para que ter tanto, possuir tanto, cultivar somente riquezas e coisas se não se pode tirar proveito disso, se o principal está morrendo? A ditadura do Capital está acabando com o melhor da raça humana e olha que não é à la carte, porque o cidadão nem tem escolha. A coisa é assim empurrada goela abaixo, no estilo drive-tru: "enche o tanque, pega o lancha e paga que atrás vem gente!"</span><span style="font-family: 'Book Antiqua';"></span></div>Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8163602226782369076.post-36783301362636849242009-10-27T23:07:00.000-02:002009-10-27T23:07:47.562-02:00O PÃO NOSSO DE CADA DIA<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br />
</div><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-family: Arial; font-size: 11px;"></span><br />
<span style="font-size: medium;">Quando eu era menina, adorava comer pão francês que saía fresquinho, ora de manhã, ora à tarde. Chamávamos só de pãozinho ou de bisnaga se fosse em formato grande, de 200g. O pão era realmente delicioso...quando saía do forno, quentinho e crocante, mesmo sem manteiga era sensacional. Podia ser comido no caminho para casa e era uma experiência primordial, como o leite materno! Se não fosse comido na hora, caso conseguisse resistir à tentação, horas depois, ele ainda estava fresco, bom para comer com manteiga, queijo, sopa ou mesmo com goiabada, geléia... enfim, o pão era o principal e podia ser acompanhado de qualquer coisa que se pensasse ou quisesse.</span><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEijbT6Bt46MI5RDycRM5Esvdf3R6y-xI_ejZLPdGhxXliPXJztUZkxbKWV-yhyXNoz_m2zk_UuFQwZ9AgHbXi4MgMQI-BxMt9CsbCYIKqExSb1JOxZfos9sBfBHLOYWmtOJjjZHlvc1Yzds/s1600-h/pao.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEijbT6Bt46MI5RDycRM5Esvdf3R6y-xI_ejZLPdGhxXliPXJztUZkxbKWV-yhyXNoz_m2zk_UuFQwZ9AgHbXi4MgMQI-BxMt9CsbCYIKqExSb1JOxZfos9sBfBHLOYWmtOJjjZHlvc1Yzds/s320/pao.jpg" /></a><br />
</div><span style="font-size: medium;">Podia-se guardar o pão que não tinha sido consumido e ele virava "pão dormido". Este, era o mesmo pão, só um pouco menos fresco e bastava umedecê-lo e colocá-lo no forno médio, e eis que ele voltava a ficar fresco, de novo. Era muito bom e acolhedor. Também podia-se colocar o tal diretamente no fogo, na boca do fogão, espetado no garfo; "queimava-se" um pouco de um lado e do outro e o sabor ficava sensacional, com aquele cheiro de pão na brasa, gosto de pão na lenha. Mas não era só isso: dois ou três dias depois, o "pão dormido" virava "pão duro", mas ainda estava bom. Não mofava nem murchava. E fazia-se pudim de pão ou rabanadas, molhando os pedaços no leite doce com ovos batidos, para ser consumido com açúcar e canela, depois de fritos em óleo bem quente e escorridos. Não ficava gorduroso nem ransoso, porque o pão era de qualidade. Ou simplesmente virava torrada para acompanhar o chá dos que estavam de dieta. E podia-se comer a torrada purinha, sem nada, de tão gostosa e consistente que ficava. No fim de tudo, quando fosse preciso untar uma forma, fazer uma almôndega ou mesmo uma milaneza, a torrada virava farinha de rosca, esfarelando a torrada não consumida na mão mesmo. Uma verdadeira aula de reciclagem, não acham?!</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-size: medium;"><br />
</span><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhwfJcqcFLn0VIoLNF-2mut8zFK52nasZU-ZPF_UWeVMma2wbBLxVKnNZ3tZ80s6EPT_JB7KR2CmKhirNFPSagcNimVWhSIspVyqkYMuBQEHS9TERWjzi1L89c38ZH4JNaO9vv68AOC4_pS/s1600-h/cuscuz,pudim%2Bde%2Bp%C3%A3o%2B009.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhwfJcqcFLn0VIoLNF-2mut8zFK52nasZU-ZPF_UWeVMma2wbBLxVKnNZ3tZ80s6EPT_JB7KR2CmKhirNFPSagcNimVWhSIspVyqkYMuBQEHS9TERWjzi1L89c38ZH4JNaO9vv68AOC4_pS/s320/cuscuz,pudim%2Bde%2Bp%C3%A3o%2B009.jpg" /></a><br />
</div><span style="font-size: medium;">Hoje, não podemos extrair isso tudo do nosso pãozinho. Às vezes, é difícil comê-lo assim que sai do forno de tão inchado que fica depois de acrescentarem bromatos e outras "coisas". Isto se não estiver mal assado ou queimado como muitos supermercados apresentam o produto. Aliás, dizer que supermercado tem padaria boa é quase impossível. Não vou dizer que é geral, porque em alguns mercados de zona sul (caso do Rio de Janeiro) ou seja, mercados que ficam nas zonas mais favorecidas de qualquer cidade, pode ser que eles façam um pão melhor, não como o </span><em><span style="font-size: medium;">nosso pãozinho! </span></em><span style="font-size: medium;">E eles ainda justificam que o "povo de lá" (da grana) tem paladar exigente e prefere o pão de qualidade, senão não compra e o produto encalha. Em contrapartida, o "povo de cá de baixo" , aceita qualquer coisa até porque nem está em "condições" de exigir nada! Pura discriminação! </span><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhQiTr0448ZTNWLF1Y93PxDR8Kdxpjv46dc6sFggzbY4dut5FVhtKz549q3yX29iJpdxMBOWDLI1OTU-GesOAVW9UcQki1O8S6tMPPO-2NR38xBJJ1x5zTT5SI6NUVRmm7zhnl2__I5FMF0/s1600-h/rabanada1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhQiTr0448ZTNWLF1Y93PxDR8Kdxpjv46dc6sFggzbY4dut5FVhtKz549q3yX29iJpdxMBOWDLI1OTU-GesOAVW9UcQki1O8S6tMPPO-2NR38xBJJ1x5zTT5SI6NUVRmm7zhnl2__I5FMF0/s320/rabanada1.jpg" /></a><br />
</div><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium;"><br />
</span><br />
<span class="Apple-style-span" style="font-size: medium;">A legislação brasileira já permitiu diversas misturas, seja com fermentos químicos seja com outras farinhas que não fazem o mesmo pão francês. Surgiu então o "pão papel" que é fácil de rasgar com a mão, mas não cortar com faca; o "pão de vento" que é igual ao biscoito de polvilho que você morde e...nada! Tem o "muchiba" que já vem murcho, dizem que é para fazer pudim (se conseguir fazer que fique com gosto bom, já que a matéria prima não é só murcha, tem mal gosto). Tem o "pão balão" inchado por fora e dentro só ar... E por aí vai! Se for fazer uma pesquisa por este Brasil a fora, vai se saber os muitos nomes deste mutante do pão francês. E quando você vai ler o texto que determina sobre o que pode e o que não pode colocar dentro do pãozinho, tudo tem um ar sério de muita consideração e importância vital, escondendo os lobies, as intenções, o instinto comercial maquiavélico de pensar só em lucro. Por exemplo, conversando com alguns padeiros e donos de padarias, fiquei sabendo que eles adotaram esta tal mistura para "facilitar" o trabalho e uniformizar o pão (isto soa meio McDonald, não!?). Padeiro não quer acordar cedo nem trabalhar (diz o empregador), e dono de padaria quer lucrar e não quer ficar na mão do padeiro que é bom (diz o padeiro), e... bom, as justificativas são várias. Mas o interessante é que ninguém compra pãozinho com rótulo para saber exatamente o que vem nele. E se alguém quiser um verdadeiro pão francês tem que encomendar e descaradamente as padarias que vendem pão francês, colocam outro nome no tal pãozinho para vender mais caro e fazer direito o que já deveriam estar fazendo. Aí, para quem quer saborear o mesmo pão francês, o pãozinho da infância, tem que encomendar a "baguete italiana ou francesa", que nada mais são do que as antigas bisnagas bem feitas, sem aditivos químicos ou outras farinhas que não a de trigo puro.</span><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj4BPWm1SPieZxpptS3_9TXFm3yQMHXNVssODtPK1BkpHLy4b6pG8AeJbRNMTuOszItD6k60_ZgLq82-o4q3RDGJMuZr5wo22zR4yhMYhHgw7y4lkaaAw6RqFFpje2mrpejEeGi9aiXytrO/s1600-h/meninaep%C3%A3o2.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj4BPWm1SPieZxpptS3_9TXFm3yQMHXNVssODtPK1BkpHLy4b6pG8AeJbRNMTuOszItD6k60_ZgLq82-o4q3RDGJMuZr5wo22zR4yhMYhHgw7y4lkaaAw6RqFFpje2mrpejEeGi9aiXytrO/s320/meninaep%C3%A3o2.jpg" /></a><br />
</div><span style="font-size: medium;">De fato, dizem que tudo isso é progresso e que ninguém pode se opor a ele, com o risco de ser acusado de conservador, reacionário ou outra coisa pior. Entretanto, percebo que se houve progresso no pãozinho, ele não significa necessariamente que foi para melhor, de onde conclui-se, junto com tantos outros exemplos, culinários ou não, que progresso é um movimento - sim - mas que não pressupõe a direção: se para cima ou para baixo, isto é, se para melhor ou para pior. Que a sociedade caminha, isto é fato, mas pra onde, em que direção? De fato, para baixo, para pior, para decadência descarada com nome de nova era, era das massas (não de pão!), era das tecnologias...blá, blá, blá!</span><br />
<div><span class="Apple-style-span" style="font-size: medium;"><br />
</span></div>Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8163602226782369076.post-7539044791880177862009-10-22T22:45:00.000-02:002009-10-22T22:45:32.016-02:00ELE TAMBÉM FOI ARTESÃO!<div class="MsoNormal"><o:p> <span style="mso-tab-count: 1;"> </span><span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><i> A vida de Brancusi é um destes exemplos de como a paixão conduz melhor um indivíduo na existência, do que qualquer escola ou sistema sócio-religioso criados e cultuados mais para a massa que para indivíduos especiais. Estes sistemas e escolas nada estimulam em termos de produção, uniformizando tudo na padronização estúpida da ideologia do Único.</i></span></o:p><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><i>Ao contrário do que se pensou quando as escolas foram criadas, o homem educado respeitaria as leis, saberia conviver em sociedade, seria tolerante com a diferença, aprendendo a conviver com o diverso, cultuaria mais as atividades do espírito que o corpo, etc. Aos poucos, o que presenciamos é exatamente o inverso, pelo menos nas escolas brasileiras e nas dos países em desenvolvimento. Menos horas de estudo; menos conteúdo; facilidades para obter graduação, diplomas; pulverização da figura do mestre-professor; criação de métodos, apostilas, livros facilitadores que não visam o real desenvolvimento do conhecimento ou da arte, mas unicamente, a passagem pelo sistema escolar para engrossar as fileiras dos diplomados a fim de apresentar uma imagem nacional e internacional falsa, para atrair investidores.</i></span><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><i>Em termos de arte então, aqui no Brasil é bem pior! Com escolas raras e fraquíssimas que mal constituíram um saber acadêmico, adotaram uma “vanguarda” e pularam para uma dissolução da arte sem ao menos entender o que é Arte, sem nenhum conhecimento da Estética com sua função artístico-individual e coletiva na sociedade. É como se uma criança entrasse na escola sem saber ler nem escrever e já fosse iniciada nos programas de editoração de texto e tudo mais. Mas falávamos de Brancusi.</i></span><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><i>Nascido na Romênia (Hobita) em 1876 entre camponeses e pessoas simples, foi pastor de ovelhas e aprendeu a ler e escrever sozinho. Aprendeu a talhar com artesões populares da sua região e depois na Escola de Artes e Ofícios (1894/98). Ganhou uma bolsa para Escola de Belas Artes de Bucareste (1898/1902) e aí começou a se delinear seu trabalho. Passou por Munique e parou em Paris onde passou a maior parte da sua vida, daí muitos o considerarem francês de origem Romênia. Trabalhou em restaurantes e foi cantor de Igreja devido às inúmeras dificuldades que encontrava para sobreviver e continuar a desenvolver seu trabalho.</i></span><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><i>Na França estudou com Antonin Mercié – escultor acadêmica florentino – e recusou-se a freqüentar o ateliê de Rodin pois já se encaminhava para o abstracionismo, rompendo com a forma naturalista. A partir daí, graças, sobretudo, a suas relações com artistas de vanguarda, como Max Jacob, Apollinaire, Picasso, Léger e Modigliani, Brancusi criou estilo próprio, abandonando o nu e toda a temática romântica.</i></span><br />
</div><div class="MsoNormal"><span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><i> Seu primeiro grande trabalho foi "Le Baiser" (1908; "O beijo").</i></span><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhwamc0fdeX1sHCZ08sWmIGs-uZa_06NeLK96KYNZdXPTi7m11usjnd4-RFzs8jkXmc6jjJDeON1TZa6Z0RaR_CQd8E4PcM1fvSQZT8yEX28m2PLnD4BQD7A-x9RwNGJMKvRLF68Lihk0_Q/s1600-h/Brancusi_-_Sarutul.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhwamc0fdeX1sHCZ08sWmIGs-uZa_06NeLK96KYNZdXPTi7m11usjnd4-RFzs8jkXmc6jjJDeON1TZa6Z0RaR_CQd8E4PcM1fvSQZT8yEX28m2PLnD4BQD7A-x9RwNGJMKvRLF68Lihk0_Q/s320/Brancusi_-_Sarutul.jpg" /></a><br />
</div><div class="MsoNormal"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh1SBOQyj_I4bV0OWjjKlURKvmcMsJOEKJz5LkEa3OAcDHit_ZKtn6Bguv8ax8o56w9LTKwKeqI7CKZ0uJLuxkaQMxpLmFYWeApyFPg-3_0UhdYt9GbeafJicoiFpWuESYQN3uFBByTxHqv/s1600-h/amusa1912.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh1SBOQyj_I4bV0OWjjKlURKvmcMsJOEKJz5LkEa3OAcDHit_ZKtn6Bguv8ax8o56w9LTKwKeqI7CKZ0uJLuxkaQMxpLmFYWeApyFPg-3_0UhdYt9GbeafJicoiFpWuESYQN3uFBByTxHqv/s200/amusa1912.jpg" /></a><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif; font-style: italic;">Na primeira versão de "La Muse endormie" (1908; "A musa adormecida"), em mármore, os traços naturalistas de uma fisionomia são apenas evocados, mas ainda lembram a escola do grande escultor francês romântico Auguste Rodin. Já na segunda versão, em pedra (1909), e nas posteriores, em bronze (1910, 1911 e 1912), os volumes já estão reduzidos a formas ovais fundamentais, apenas sugerindo as feições.</span><br />
</div><div class="MsoNormal"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif; font-style: italic;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Times New Roman'; font-style: normal;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj93R-9v_pfnkieKdQHIIyl2BCKpofZTh8No92mom3nLHLaWzYgjlDbW_eRr4WcSiefOZASzlxdRoYH7im8g73y2B0c5eklGH3ySOcUSjdrLPNfUaiSlj62QDAkCNGpvoH5a9xM7IBRIDcp/s1600-h/musa.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj93R-9v_pfnkieKdQHIIyl2BCKpofZTh8No92mom3nLHLaWzYgjlDbW_eRr4WcSiefOZASzlxdRoYH7im8g73y2B0c5eklGH3ySOcUSjdrLPNfUaiSlj62QDAkCNGpvoH5a9xM7IBRIDcp/s200/musa.jpg" /><span class="Apple-style-span" style="-webkit-text-decorations-in-effect: none; color: black;"></span></a><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgdLuyZ46U0sVOY49xueCPqmeEpiY8jxgTr31T_czdpQJxc1kB1aCMiJ3jKUGih80LiCB0USwHdoGPv5e2buN1xTMdHC_BOSqJgF30Kc6w6tRSRy2VVfwFbxgsHbzY8qjMJ7XEqFcBITmt1/s1600-h/musaadormecida1909.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; display: inline !important; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgdLuyZ46U0sVOY49xueCPqmeEpiY8jxgTr31T_czdpQJxc1kB1aCMiJ3jKUGih80LiCB0USwHdoGPv5e2buN1xTMdHC_BOSqJgF30Kc6w6tRSRy2VVfwFbxgsHbzY8qjMJ7XEqFcBITmt1/s200/musaadormecida1909.jpg" /></a></span></span><br />
</div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif; font-style: italic;"> O ovo, essência das coisas, aparece com freqüência na obra de Brancusi, como em algumas crônicas de Clarice Lispector. Sendo a pergunta humana a mesma na cabeça de todos que buscam a origem da vida, Brancusi encontrou, segundo ele, a resposta: o ovo veio primeiro. E esta forma será evocada constantemente em seu trabalho, como em "Prométhée" (1911; "Prometeu") e "Le Nouveau-Né" (1915; "O recém-nascido"). </span><br />
</div><div class="MsoNormal"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiW38IKNMN5sXCo5DicQ0M6UZu5WGmJSm0H2fbhvkyoN0lp_lZSxdI2ggZLGMjIe_Wm_HbkFBCdfAUiBYyT48YsjZrmtM7ACqXZafbuvpdj6RNL1XYDRdijHNY_TGoAVDXq2T23SQgHXUnk/s1600-h/recemnascido1915.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiW38IKNMN5sXCo5DicQ0M6UZu5WGmJSm0H2fbhvkyoN0lp_lZSxdI2ggZLGMjIe_Wm_HbkFBCdfAUiBYyT48YsjZrmtM7ACqXZafbuvpdj6RNL1XYDRdijHNY_TGoAVDXq2T23SQgHXUnk/s320/recemnascido1915.jpg" /></a><br />
</div><div class="MsoNormal"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif; font-style: italic;">Em 1924 o escultor criou um ovo propriamente dito, de mármore, a que chamou "Le Commencement du monde" ("O começo do mundo"). Quando perguntado do significado da sua arte, respondeu: “É uma escultura para cegos"!</span><br />
</div><div class="MsoNormal"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif; font-style: italic;"> A elaboração repetida de um assunto é típica de todos os artistas e não faltam exemplos tanto na pintura, na música, na literatura e outras formas de arte. A repetição não tem o mesmo significado que o senso comum confere ao termo e ao ato. A repetição em arte é exercício da forma, é experimentação consciente e algumas vezes a marcação de uma questão importante, de um fato belo, de uma faceta da paixão... Para citar apenas as artes visuais, o exemplo clássico é a Catedral de Monet. Mas diversos outros artistas pintaram, desenharam ou esculpiram o mesmo tema ou a mesma figura.</span><br />
</div><div class="MsoNormal"><span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><i> Brancusi não é exceção: os "Oiseaux" ("Pássaros") começa com seu "Maiastra", pássaro do folclore romeno, em mármore (1912), hoje no Museu de Arte Moderna de Nova York. O tema progride até chegar à sua 28ª versão (1940), em que o ser mitológico já é apenas "L'Oiseau dans l'espace" ("O pássaro no espaço"), representações em bronze polido daquilo que Brancusi tentava figurar desde o princípio, a "essência do ovo".</i></span><br />
</div><div class="MsoNormal"><span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><i><br />
</i></span><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiOnZtmDn0wgnyeb1rIJ9YTnuSzHcxJUb68zX5LKqgBOkZOLUD_taRkTDnmB36eIxpP8oeMXIDOPwyU7EYeCHL0lvgDNoXwst0PVc4omDF9U-_t6p0YZkdhKLitlzcLmio5vVSAbifZFsP6/s1600-h/maiastra.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiOnZtmDn0wgnyeb1rIJ9YTnuSzHcxJUb68zX5LKqgBOkZOLUD_taRkTDnmB36eIxpP8oeMXIDOPwyU7EYeCHL0lvgDNoXwst0PVc4omDF9U-_t6p0YZkdhKLitlzcLmio5vVSAbifZFsP6/s200/maiastra.jpg" /></a><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhhPbKzkvaQxji1FVeYkvfOlhmtjybL0EBZohsc6GwBOSsRUDrcbBb0DYXgvpC1m2K5Gv-OCr5v1O97vLAijMFq8dmBSu4CM464w65QKJAviAOCI9lfybr2uSrZe6rfuAgnoza9rS-2KTCJ/s1600-h/gpc_work_large_334.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhhPbKzkvaQxji1FVeYkvfOlhmtjybL0EBZohsc6GwBOSsRUDrcbBb0DYXgvpC1m2K5Gv-OCr5v1O97vLAijMFq8dmBSu4CM464w65QKJAviAOCI9lfybr2uSrZe6rfuAgnoza9rS-2KTCJ/s200/gpc_work_large_334.jpg" /></a><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><br />
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEilnAIqdljtqd7uoPKytoRkECB3tR64r0xbThLUh5D5xLyvYlSSbArQ3OghvCw-4BtWeJbzmOrwolO8DAGhjXOO0Dv6CiTPYmhqP_7orZQnyV3uSPsCgBoL0NwnLuy2bdjb5I-5FtMjpaSG/s1600-h/bird+inspace.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEilnAIqdljtqd7uoPKytoRkECB3tR64r0xbThLUh5D5xLyvYlSSbArQ3OghvCw-4BtWeJbzmOrwolO8DAGhjXOO0Dv6CiTPYmhqP_7orZQnyV3uSPsCgBoL0NwnLuy2bdjb5I-5FtMjpaSG/s200/bird+inspace.jpg" /></a><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhUCxzxyFYeIF2NmqeRU0-33rPA3esGiTM2Wg6zYa-MTQzxNzsVie-cOq39OFMX8ooEwWUm2TRc5C3MjzID3wVHCsOOKVhj-yd45-t7-emazp6iRQHm3zxqkq-dWKaQsMdwRX3XQU0SaRwB/s1600-h/birdinspace2.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhUCxzxyFYeIF2NmqeRU0-33rPA3esGiTM2Wg6zYa-MTQzxNzsVie-cOq39OFMX8ooEwWUm2TRc5C3MjzID3wVHCsOOKVhj-yd45-t7-emazp6iRQHm3zxqkq-dWKaQsMdwRX3XQU0SaRwB/s320/birdinspace2.jpg" /></a><br />
</div><div class="MsoNormal"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif; font-style: italic;"> Uma anedota bastante curiosa sobre o escultor aqui tratado aconteceu em 1925 quando o artista enfrentou o governo americano numa controvertida disputa judicial, pelo fato da alfândega dos Estados Unidos ter impedido a entrada de uma das versões dessa obra. Ignorantes da arte abstrata, os fiscais criaram uma polêmica inusitada, insistindo que "L'Oiseau dans l'espace" não era obra de arte, mas contrabando de bronze. Depois de muita contenda, o escultor ganhou a questão, firmando jurisprudência no assunto.</span><br />
</div><div class="MsoNormal"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEinrCsvz09mLIxHA9wwKMBJISk57ILQ6-c3J-hGp_2EXGpXVptPMGqor95hyphenhyphenKNJfzloDvBvHaSEa05loNIpZlmX1XCWMhRhjSJRjrglxEKNInvVlUh91nFlwwZ2PFJ0KFwPLcZBFAHd5bWD/s1600-h/la+colonne+sans+fin+de+brancousi-7.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; display: inline !important; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEinrCsvz09mLIxHA9wwKMBJISk57ILQ6-c3J-hGp_2EXGpXVptPMGqor95hyphenhyphenKNJfzloDvBvHaSEa05loNIpZlmX1XCWMhRhjSJRjrglxEKNInvVlUh91nFlwwZ2PFJ0KFwPLcZBFAHd5bWD/s320/la+colonne+sans+fin+de+brancousi-7.jpg" /></a><span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><i> Considerado em sua época um "artista difícil", só na maturidade Brancusi conseguiu sucesso de público. Em 1937-1938 compôs um conjunto de esculturas monumentais ao ar livre para a cidade romena de Targu-Jiu, dominado pela "Colonne sans fin" ("Coluna sem fim"), em metal dourado e com mais de trinta metros de altura.<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Times New Roman'; font-style: normal;"></span></i></span><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><i>Tendo abraçado a França como sua segunda pátria, Brancusi morreu em Paris, em 16 de março de 1957. Pioneiro da escultura abstrata, Brancusi tentou chegar às formas mais despojadas, libertando-se das aparências temática evidenciadas na superfície para revelar a beleza intrínseca dos próprios materiais utilizados, quer seja o mármore, quer seja o bronze ou mesmo a madeira.<span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Times New Roman'; font-style: normal;"></span></i></span><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><i>Sua obra é singularíssima, pois a fruição dela deixa entrever a sua delicadeza, a sua idéia do objeto a qualquer espectador ao mesmo tempo em que se pode fruir o sentimento da arte de esculpir, de lidar com a matéria pura, ato evocativo de suas raízes camponesas. E o mais interessante é que ele começou como um simples artesão, como o pintor impressionista francês Auguste Renoir. Minhas preferidas são: Mademoiselle Pogany (presente na abertura deste blog) e Le poisson (O peixe).</i></span><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgoRp2QAFMcOm5wSCi1_P5DMml8IPRZcxoYkxI4NuPBzLLPHvlD07ZSPCZQv2PE2WDMMHauKt2kb9Xf7AInInQrotpjD80QLboveUCJXd8ukKcQYYnW8H4OsVq1DiG-q687NvWHlb9qV5AX/s1600-h/brancusi%2520moma.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgoRp2QAFMcOm5wSCi1_P5DMml8IPRZcxoYkxI4NuPBzLLPHvlD07ZSPCZQv2PE2WDMMHauKt2kb9Xf7AInInQrotpjD80QLboveUCJXd8ukKcQYYnW8H4OsVq1DiG-q687NvWHlb9qV5AX/s200/brancusi%2520moma.jpg" /></a><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi4sSgb8tI58tBZAPjox5oLQiyUw-9rbD8zH8gqe5R2D66P5vf0m6zQrXn6VioVoqZ-HCnXlmSryjr8G5BoHzjUH42ohyWBO0xF1CSv4BUc4_lwY80Vo4jHrIeUMkX_ZsuwFm2nmGCRajhyphenhyphen/s1600-h/peixe.jpg" imageanchor="1" style="display: inline !important; margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi4sSgb8tI58tBZAPjox5oLQiyUw-9rbD8zH8gqe5R2D66P5vf0m6zQrXn6VioVoqZ-HCnXlmSryjr8G5BoHzjUH42ohyWBO0xF1CSv4BUc4_lwY80Vo4jHrIeUMkX_ZsuwFm2nmGCRajhyphenhyphen/s320/peixe.jpg" /></a><br />
</div><div class="MsoNormal" style="text-indent: 35.4pt;"><span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><i><br />
</i></span><br />
</div>Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8163602226782369076.post-17117394844164489422009-10-13T14:51:00.000-03:002009-10-13T21:17:04.145-03:00As Artes da Cris<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif; font-style: italic;">Pintar sempre foi uma paixão, uma paixão que me escapa pelos dedos da mão... perseguida durante toda a minha vida cheia de turbulência, altos e baixos, fabriquei e fabrico minutos no dia atarefado para pintar, desenhar, esculpir, enfim, fazer artes. E adoro caixas, gosto de guardar tudo em caixas: redondas, ovais, quadradas, sextavadas, de qualquer tamanho, pequenos ou grandes baús, enfim - caixas!</span><br />
</div><span style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif;"><i></i></span><br />
<span style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif;"><i></i></span><br />
<span style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif;"><i><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"> <span class="Apple-style-span" style="font-family: 'Times New Roman'; font-style: normal;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi4BkU5kgn5Ft7jcw_fqyQwa4UuzRqDUhk_gRtWLzcG18ptnMqYNZMsV4eCTLTF5CbfTLXti1AEgcmhS-xCcstDMfx6O9Ka1etI0tQVOUKNmq_hsOWWJ5ayCVXUf2K0o32pioKbiFo_eLJp/s1600-h/Imagem104.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi4BkU5kgn5Ft7jcw_fqyQwa4UuzRqDUhk_gRtWLzcG18ptnMqYNZMsV4eCTLTF5CbfTLXti1AEgcmhS-xCcstDMfx6O9Ka1etI0tQVOUKNmq_hsOWWJ5ayCVXUf2K0o32pioKbiFo_eLJp/s320/Imagem104.jpg" /></a></span><br />
</div></i></span><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: left;"><span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">E</span><i><span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">sta caixa intitula-se: </span><span style="color: magenta;"><span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">Amor de rosas</span></span><span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">. Pintada em dois tons de rosa, por dentro e por fora com detalhes em alto relevo. O laço em cima sugere uma caixinha para presentes.</span></i><br />
</div><span style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif;"><i></i></span><br />
<span style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif;"><i></i></span><br />
<span style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif;"><i><div style="text-align: center;"><span style="font-family: 'Times New Roman'; font-style: normal;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg87ejikNBvukPVaKuY5oZdL7G4U9NFISB7LJwjR4J72wKfHpVsZlcLsmx3J6WHi2yAcHc_cRUFwnYPW2POs6m9XLawOxAVF7JyX35rPoPoc5MNhjrUe0PQo_6QXfPhF0Oxe6IYFcf18LNg/s1600-h/Imagem027.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg87ejikNBvukPVaKuY5oZdL7G4U9NFISB7LJwjR4J72wKfHpVsZlcLsmx3J6WHi2yAcHc_cRUFwnYPW2POs6m9XLawOxAVF7JyX35rPoPoc5MNhjrUe0PQo_6QXfPhF0Oxe6IYFcf18LNg/s320/Imagem027.jpg" width="320" /></a></span><br />
</div></i></span><div><i><span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">Há caixas grandes para guardar coisas gostosas como: bombons, balas e guloseimas em geral. Para isso eu pensei numa caixa de formato diferente para colocar numa mesinha de centro ou mesmo em cima daquela cômoda da sala... Decorada com guardanapo em motivo safari, com tigres emoldurados por formas orgânicas....</span></i><br />
<span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><i><br />
</i></span><br />
</div><div style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgXKJeEgml3YZcutfIF5h14B7p02fZTq4Dmh3FY9wqv8mDJL9UUcBnX0ZTkpgsVeK9tzj4WyZ_JAjN0M9iPq31IKZOf2p3oNU7SokkdsH5GMDR8VxI6xsOi8M40L5QdrCGJ8adN5eixcfRJ/s1600-h/Imagem111.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; display: inline !important; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgXKJeEgml3YZcutfIF5h14B7p02fZTq4Dmh3FY9wqv8mDJL9UUcBnX0ZTkpgsVeK9tzj4WyZ_JAjN0M9iPq31IKZOf2p3oNU7SokkdsH5GMDR8VxI6xsOi8M40L5QdrCGJ8adN5eixcfRJ/s320/Imagem111.jpg" /></a><br />
<br />
</div><div style="text-align: center;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif; font-style: italic;">...dentro é toda pintada com a cor chocolate e salpicada de café - sugestivo, não?!</span><br />
<span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><i><br />
</i></span><br />
</div><div style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh-I0plJN52dMoy_zsA92JiGAD3C0J46raCoZsQIdsRPb5EhKJupbxm50C-w3AlNE19NKVXnzFHpvPOf87udAuZHOF55uj4AsFyoYyfQj7w8QlcD9-PRVE6J2BQHFWAehDrXG0Fd2LUp_vH/s1600-h/Imagem114.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh-I0plJN52dMoy_zsA92JiGAD3C0J46raCoZsQIdsRPb5EhKJupbxm50C-w3AlNE19NKVXnzFHpvPOf87udAuZHOF55uj4AsFyoYyfQj7w8QlcD9-PRVE6J2BQHFWAehDrXG0Fd2LUp_vH/s320/Imagem114.jpg" /></a><br />
<br />
</div><div><span style="font-family: Arial; font-size: small;"><span style="font-size: 13px;"><br />
</span></span><br />
</div><div><span class="Apple-style-span" style="font-style: italic;"><span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">Ou ainda, uma caixa grande, quadrada, para guardar fotografias: de viagens, da família, daquele aniversário... O tema da próxima caixa é sugestivo: uma caixa</span><span style="color: red;"><span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"> "fofa" de ursinhos...</span></span></span><br />
<span style="color: red; font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><i><br />
</i></span><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi_atTgPPa1C1DF-SBQbWEGWJMjY7rtdCNkZ2uTv2ZfuFLbGATrKBGzFP7QwjkPwvI2IJh-oKDDTg8vaswrcjeXkt5iIk6bt_WrnEJdECG39Xa4i9KKhECTKBRPbID1nQm7W_y70mbhRfO5/s1600-h/Imagem070.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi_atTgPPa1C1DF-SBQbWEGWJMjY7rtdCNkZ2uTv2ZfuFLbGATrKBGzFP7QwjkPwvI2IJh-oKDDTg8vaswrcjeXkt5iIk6bt_WrnEJdECG39Xa4i9KKhECTKBRPbID1nQm7W_y70mbhRfO5/s320/Imagem070.jpg" /></a><br />
</div><div><span style="font-family: Times, 'Times New Roman', serif;"><i><br />
</i></span><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh0DFKFdUe32hRDpWS1SptmiZahYjVUHNSm2rW0Eft9h0s563pIuCMUmqWRKSSs7nWx6tj3Pd0uk7Q0vOaYsaRcXoXD_M0KeZSVyOfFsR8Js3om6XwvJebHAe91Ekw1gn-RKvBaRCdK39nD/s1600-h/Imagem061.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh0DFKFdUe32hRDpWS1SptmiZahYjVUHNSm2rW0Eft9h0s563pIuCMUmqWRKSSs7nWx6tj3Pd0uk7Q0vOaYsaRcXoXD_M0KeZSVyOfFsR8Js3om6XwvJebHAe91Ekw1gn-RKvBaRCdK39nD/s320/Imagem061.jpg" /></a><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br />
</div><div><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif; font-style: italic;">Para as fotos daquela outra viagem, aquelas férias, aquele encontro, fizemos uma caixa toda em estilo indiano, sugerindo sonhos, fantasias, desejos...</span><br />
<span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><i><br />
</i></span><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhh8WAVrXMg-yzTXAvN-Aalti2vLvwR9WqVvaTZytpti5SW_1OxyzuIyqqRrTMMm_Tap4K2ZGRYDjSNwLV8im63SXA_Z32VHVGJC9xz3AjtGS5oBOuhF8j8l1e7AfuSGD6xCjggYDDiw77Z/s1600-h/Imagem076.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhh8WAVrXMg-yzTXAvN-Aalti2vLvwR9WqVvaTZytpti5SW_1OxyzuIyqqRrTMMm_Tap4K2ZGRYDjSNwLV8im63SXA_Z32VHVGJC9xz3AjtGS5oBOuhF8j8l1e7AfuSGD6xCjggYDDiw77Z/s320/Imagem076.jpg" /></a><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br />
</div><div><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif; font-style: italic;">por dentro, o vermelho quente sugere o coração, manchas de paixão...</span><br />
<span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><i><br />
</i></span><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgJsfixRMThYc5asSBj75MsvTCQypqPgbBR5NwRxCDwPbJEluqpDz-hS_1bKUBg08ZaxWGHIhSCShaOYrARbkjhAnsDm5ziNfkXjMFmi58yTU91Qc0ojv6bWVRp71-tIocxOYCtamKzswbx/s1600-h/Imagem077.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgJsfixRMThYc5asSBj75MsvTCQypqPgbBR5NwRxCDwPbJEluqpDz-hS_1bKUBg08ZaxWGHIhSCShaOYrARbkjhAnsDm5ziNfkXjMFmi58yTU91Qc0ojv6bWVRp71-tIocxOYCtamKzswbx/s320/Imagem077.jpg" /></a><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br />
</div><div><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif; font-style: italic;">Particularmente, eu prefiro as menores e os pequenos baús, onde, a princípio não se pode guardar nada útil. Elas são para mim como um objeto de arte, apenas e sobretudo!</span><br />
<span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><i><br />
</i></span><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg4AxYgrm974UbF_6IbFfWq7QYLj9H8ByCfAy1EsFsy1WYlj24F9Lb8ULWzTx3vePEsyVCoqL1yVzQCV7LR7c-FHjd6sDaNgVHN4UZ4ZBRsvNhMrubDnrlLAMGJA2WQcCg-NgCr0xwu8J0H/s1600-h/Imagem085.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg4AxYgrm974UbF_6IbFfWq7QYLj9H8ByCfAy1EsFsy1WYlj24F9Lb8ULWzTx3vePEsyVCoqL1yVzQCV7LR7c-FHjd6sDaNgVHN4UZ4ZBRsvNhMrubDnrlLAMGJA2WQcCg-NgCr0xwu8J0H/s320/Imagem085.jpg" /></a><br />
</div><div><span style="font-family: Arial; font-size: small;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: 13px;"><br />
</span></span><br />
</div><div><i><span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">Esta caixa tem o nome de : </span><span style="color: magenta;"><span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">" saudade de rosas"</span></span><span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"> e esta outra, embaixo é: </span><span style="color: red;"><span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">"mistério do oriente"</span></span><span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">...</span></i><br />
</div><div><span style="font-family: Arial; font-size: small;"><span class="Apple-style-span" style="font-size: 13px;"><span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><br />
</span></span></span><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEivsp19GxBEzQAadWopoNkS39DdH2gQIefAdZW9qq2Gi-TbapJjcTkjPgFG2YWhMLOuOsSPUiugXumrC9WYcIkpzCX4AK63zGyi96PeNbC-E0EQKiKS1hUmvFaavU_aHwMxfEufZUlxOB8T/s1600-h/Imagem195.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEivsp19GxBEzQAadWopoNkS39DdH2gQIefAdZW9qq2Gi-TbapJjcTkjPgFG2YWhMLOuOsSPUiugXumrC9WYcIkpzCX4AK63zGyi96PeNbC-E0EQKiKS1hUmvFaavU_aHwMxfEufZUlxOB8T/s320/Imagem195.jpg" /></a><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br />
</div><div><span class="Apple-style-span" style="font-style: italic;"><span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">Continuando minha paixão por caixas e rosas, esta última é : </span><span style="color: blue;"><span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">"uma rosa branca na noite"</span></span><span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">...</span></span><br />
<span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><i><br />
</i></span><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgJ98fzLe6Naac57VzU1kQyetrVY2PV88fc6msgX5TpdADrN5wIz9OQwBORtuGWySty-Wd7ZAr2yYI94ra027kuckYV-M9TugJCW18KZknNas5y55IHXVCcM8RGw5L4WVI1jhZu3xtzuozS/s1600-h/Imagem191.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgJ98fzLe6Naac57VzU1kQyetrVY2PV88fc6msgX5TpdADrN5wIz9OQwBORtuGWySty-Wd7ZAr2yYI94ra027kuckYV-M9TugJCW18KZknNas5y55IHXVCcM8RGw5L4WVI1jhZu3xtzuozS/s320/Imagem191.jpg" /></a><br />
</div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br />
</div><div><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif; font-style: italic;">Há muitas mais...e também quadros, molduras, máscaras, aquarelas, desenhos... Preciso, agora, é de tempo para organizá-los e mostrá-los. Fica, por enquanto, uma pequena amostra da minha paixão!</span><br />
</div>Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8163602226782369076.post-7974849835352809312009-10-06T15:00:00.000-03:002009-10-08T07:33:25.387-03:00O Belo de Alma Tadema<div style="border-bottom: solid #AAAAAA 1.0pt; border: none; mso-border-bottom-alt: solid #AAAAAA .75pt; mso-element: para-border-div; padding: 0cm 0cm 0cm 0cm;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg7L4II3xQida3M4bTEKYAVB1S7wjX_tElbiTvTABznUnjTjDJPPEUIyWJ5sFFtFW1dI1f8EHHl5nxyA_L84UvKlvx_XmRjnKTiuzESm0CUAfLC9iR28Vmk3WUTrGlQR1sUrYfMDEYYUYU5/s1600-h/800px-The_Roses_of_Heliogabalus.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><br />
<img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg7L4II3xQida3M4bTEKYAVB1S7wjX_tElbiTvTABznUnjTjDJPPEUIyWJ5sFFtFW1dI1f8EHHl5nxyA_L84UvKlvx_XmRjnKTiuzESm0CUAfLC9iR28Vmk3WUTrGlQR1sUrYfMDEYYUYU5/s400/800px-The_Roses_of_Heliogabalus.jpg" /></a><br />
</div><div> The roses of Heliogabalus (As rosas de Heliogábalo) - 1888<br />
</div></div><div style="line-height: 18.0pt; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 4.8pt;"><span style="color: black;"><i><span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">Sir</span></i></span><i><span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"> </span></i><i><span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">Lawrence Alma-Tadema, ou simplesmente Laurens Alma Tadema,</span></i><i><span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"> </span></i><i><span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"> nasceu em</span></i><i><span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"> </span></i><span style="color: black;"><span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">8 de janeiro</span></span><i><span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"> </span></i><i><span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">de</span></i><i><span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"> </span></i><span style="color: black;"><i><span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">1836</span></i></span><i><span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">, em Dronrijp, nos</span></i><i><span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"> </span></i><span style="color: black;"><i><span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">Países Baixos</span></i></span><i><span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"> </span></i><i><span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"> e faleceu em</span></i><i><span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"> </span></i><span style="color: black;"><i><span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">26 de junho</span></i></span><i><span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"> </span></i><i><span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">de</span></i><i><span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"> </span></i><span style="color: black;"><i><span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">1912</span></i></span><i><span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">, em</span></i><i><span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"> </span></i><span style="color: black;"><i><span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">Wiesbaden</span></i></span><i><span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">, na</span></i><i><span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"> </span></i><span style="color: black;"><i><span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">Alemanha</span></i></span><i><span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">. Foi um dos mais proeminentes</span></i><i><span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"> </span></i><span style="color: black;"><i><span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">pintores</span></i></span><i><span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"> </span></i><i><span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">e</span></i><i><span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"> </span></i><span style="color: black;"><i><span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">desenhistas</span></i></span><i><span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"> </span></i><i><span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">do</span></i><i><span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"> </span></i><span style="color: black;"><i><span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">neoclassicismo</span></i></span><i><span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"> </span></i><span style="color: black;"><i><span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">europeu</span></i></span><i><span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">. Ao longo de sua vida, Alma-Tadema também adquiriu</span></i><i><span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"> </span></i><span style="color: black;"><i><span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">cidadania</span></i></span><i><span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"> </span></i><i><span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">na</span></i><i><span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"> </span></i><span style="color: black;"><i><span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">Bélgica</span></i></span><i><span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"> </span></i><i><span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">bem como no</span></i><i><span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"> </span></i><span style="color: black;"><i><span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">Reino Unido</span></i></span><i><span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">. Sua obra é singular, considerando a época em que ele a produziu. E esta é para mim a afirmação plena da sua alma de artista. Sem se incomodar com os críticos, ele pintou o que gostava, o que sentia... sem se importar com escolas ou ismos. Uma escola de arte deveria existir para propiciar uma escolha estética e não induzi-la ou criticar uma escolha como vemos em muitas escolas atualmente. Mas são os artistas as verdadeiras escolas de Arte. Nas escolas, eles dizem: “é preciso ser contemporâneo, você tem que fazer isto ou aquilo, a arte já morreu, a pintura já era, você tem que usar outros meios, etc, etc..." Entretanto, eles esquecem que a Arte não comporta o conceito de evolução; ela é e sempre será, independente de escola e de estilo. Não é como um produto de consumo que evolui tecnologicamente. A Arte em si mesma não serve para nada, isto é, não é útil no sentido pragmático e utilitário do termo, tão propalado pela ideologia americana, que vem transformando a Arte em lixo, ou melhor o luxo do lixo (ou vive-versa, não importa). Salvo, algumas exceções que sempre existem, o que se chama Arte hoje, perdeu o rumo.</span></i><br />
</div><div style="line-height: 18.0pt; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 4.8pt;"><i><span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">Alma Tadema evoca um mundo antigo, seja medieval europeu, da antiguidade greco-romana ou mesmo cenas passadas nos século XV ou XVII em suas pinturas. Ele evoca, sobretudo, o sentimento de um mundo ideal, seja clássico ou não. E principalmente, evoca o sentimento que diz respeito a ele, ao momento em que ele está vivendo, individual e socialmente. Seus críticos atribuem suas inspirações a algumas viagens que ele realizou, mas ainda que viajemos mundo a fora, só algumas coisas nos tocam e o que nos toca tem a ver conosco: responde alguma pergunta interior, completa algum vazio, sacia algum anseio... Logo, não é uma determinação categórica. Se vejo mármore de Carrara, posso achar lindo, mas nem por isso vou comprar, achar que tenho que ter tudo nesse mármore em casa, ou escrever sobre ele, ou pintá-lo. O mármore aparece na pintura de Alma Tadema como as rosas, como o mar, como as mulheres....</span></i><br />
</div><div style="line-height: 18.0pt; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 4.8pt;"><i><span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">Suas figuras são leves, não apenas as femininas, as masculinas também tem um ar calmo e solene, outras lembram pessoas comuns do povo. Todas parece que dançam ou que posam. Delas emanam um sentimento de pureza do simples existir. Seja um casal, uma festa, um pensar solitário, um ato cotidiano, um beijo... é sempre muito evocativo. </span></i><br />
<i><br />
</i><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiGMguEaESfY55AjbwNwVKTtjYpGRNbrgU8lNH6n3dRdSyfBLN7H1zP4WcT8vtyk8hpndbQf6ip_qiGxMaCJNElRiXZzBl0Ct9ZcgVdIxJY2SNGgpFwtq5p3LtJuS_RmLQq_9acWS2-AyuX/s1600-h/Alma_Tadema_Silver_Favourites.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiGMguEaESfY55AjbwNwVKTtjYpGRNbrgU8lNH6n3dRdSyfBLN7H1zP4WcT8vtyk8hpndbQf6ip_qiGxMaCJNElRiXZzBl0Ct9ZcgVdIxJY2SNGgpFwtq5p3LtJuS_RmLQq_9acWS2-AyuX/s400/Alma_Tadema_Silver_Favourites.jpg" /></a><br />
</div><i> </i>Silver favourites (peixinhos favoritos)1903<br />
</div><div style="line-height: 18.0pt; margin-bottom: 6.0pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 4.8pt;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br />
</div><i><span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">Quando digo evocativo refiro-me às alusões que se pode deduzir de suas imagens, às citações, e não apenas ao tema que está (obviamente) retratado. Sua técnica inspirada nos pintores de sua terra natal, revelam o cuidado realista que encanta não só à razão, mas à fruição, ao gosto em geral. Quando se vê, não se deixa de achar no mínimo Belo e nisto está a alma do grande artista!</span></i><br />
</div><table align="left" border="1" cellpadding="0" class="MsoNormalTable" style="background: #F9F9F9; border: solid #AAAAAA 1.0pt; margin-left: 4.8pt; margin-right: 4.8pt; mso-border-alt: solid #AAAAAA .75pt; mso-cellspacing: 1.5pt; mso-padding-alt: 3.75pt 3.75pt 3.75pt 3.75pt; mso-table-anchor-horizontal: margin; mso-table-anchor-vertical: margin; mso-table-left: left; mso-table-lspace: 7.05pt; mso-table-rspace: 7.05pt; mso-table-top: 14.6pt;"><tbody>
<tr style="mso-yfti-firstrow: yes; mso-yfti-irow: 0; mso-yfti-lastrow: yes;"> <td style="border: none; padding: 3.75pt 3.75pt 3.75pt 3.75pt;"><div class="MsoNormal" style="line-height: 18.0pt; margin-bottom: 1.2pt; margin-left: 0cm; mso-element-anchor-horizontal: margin; mso-element-frame-hspace: 7.05pt; mso-element-top: 14.6pt; mso-element-wrap: around; mso-element: frame; mso-height-rule: exactly; mso-list: l0 level1 lfo1; mso-margin-top-alt: auto; tab-stops: list 36.0pt; text-indent: -18.0pt;"><span style="color: black; font-family: Symbol; font-size: 10pt;"><i><span style="font-size: x-large;"><span style="font-size: medium;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><span style="font-size: x-large;"><span style="font-size: medium;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;">·</span></span></span></span></span></span></span></i><span style="font: normal normal normal 7pt/normal 'Times New Roman';"><i><span style="font-size: x-large;"><span style="font-size: medium;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><span style="font-size: x-large;"><span style="font-size: medium;"><span style="font-family: Verdana, sans-serif;"> </span></span></span></span></span></span></span></i></span></span><br />
</div></td></tr>
</tbody></table>Unknownnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-8163602226782369076.post-34026211593641957552009-10-03T05:13:00.001-03:002020-11-09T13:36:26.102-03:00Palavras iniciais<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEivSYsYPeKwYgeHOX8hhY-AAmAUz7EluD3PKjCZdt9nChGIArtWUpcLJBQPjoOm0pX_cemeSRBaIZ1kOAT3tF2s_nWWaOz-3xNgGDBEsJsAi3FrrdkPcIXkYs1ABu0nvKwr6WUbBb04xoDL/s1600-h/brancusi%2520moma.jpg" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEivSYsYPeKwYgeHOX8hhY-AAmAUz7EluD3PKjCZdt9nChGIArtWUpcLJBQPjoOm0pX_cemeSRBaIZ1kOAT3tF2s_nWWaOz-3xNgGDBEsJsAi3FrrdkPcIXkYs1ABu0nvKwr6WUbBb04xoDL/s200/brancusi%2520moma.jpg" /></a><br />
</div><span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><i><span style="color: #666666;">Este blog é dedicado às artes que faço como exercício maior da minha Humanidade. A arte para mim é uma necessidade vital. Se não crio, não existo. E incluo nestas expressões, as artes que meu corpo realiza, em especial, o Aikido que de todas as artes marciais que já pratiquei considero a mais Ética, a mais Estética, a mais completa de todas. Fiz este blog para partilhar Beleza no sentido mais pleno da palavra e do conceito. Nele colocarei o que produzo e o que considero Belo, Bom e Verdadeiro, não importa que chamem de artesanato. Afinal, a maioria dos artistas e do valor de suas obras só foram reconhecidos depois de suas mortes, salvo raras exceções. </span></i></span><br />
<span style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><i><span style="color: #666666;"> Espero que este blog seja como um oásis para os olhos e para a alma sedenta de belas e boas palavras também. Ao lado, uma bela escultura de Brancusi, silenciosa e simplesmente linda!</span></i></span>Unknownnoreply@blogger.com